Tag Archives: Filmes Anarquistas

Documentário: Ajuda a Madrid! (1936)

Ajuda a Madrid!” é o segundo filme legendado e disponibilizado pelo projeto Legendando os filmes da Revolução Espanhola. O curta, de pouco mais de 7 minutos, apresenta as ações de solidariedade praticadas pela sociedade revolucionária em prol dos milicianos que ocupavam o fronte na cidade de Madrid nos primeiros meses da Revolução Espanhola. O video pode ser assistido em:

Sinopse (pt):
Documentário realizado como parte da campanha de ajuda a Madrid desde a Catalunha, onde se enviou, concretamente, alimentos durante os primeiros meses de ataques.

A reportagem começa com imagens de edifícios bombardeados em Madrid e sobrepondo estas imagens estão consignas da CNT chamando a solidariedade com Madrid: “Uma consigna da Espanha antifascista… Ajuda a Madrid!! Uma consigna da CNT-FAI… Solidariedade! Solidariedade! Uma finalidade do trabalhador espanhol… Ganhar a guerra e a Revolução! Morra o fascismo!

Após uma tomada panorâmica de Barcelona e de seu porto, a reportagem, mostra os estivadores trabalhando na descarga de alimentos. Imagens do mercado de Borne e do Comitê Regional da CNT de onde saem os comboios com a ajuda para Madrid e, os vagões de trem, partem repletos de faixas em solidariedade ao povo de Madrid.

Festival do Filme Anarquista e Punk de São Paulo

FESTIVAL2Nos dias 13 a 15 de dezembro irá acontecer o Festival do Filme Anarquista e Punk de São Paulo, na Rua Dr. Almeida Lima, 434, bairro do Brás. O festival já está em sua segunda edição e contará com diversos filmes, curtas e debates. Dentre sua extensa programação, a Biblioteca Terra Livre participará no dia 14/12 com algumas apresentações, dentre elas o curta “Bibliotecas em Espaços Autônomos” as 14h00, onde conta um pouco sobre nossa experiência na construção tanto de um espaço autogerido quanto de seus aspectos educativos e políticos.

No mesmo dia 14/12, exibiremos o o filme “Barcelona trabalha para o front” na sessão de filmes e debates “Guerra Civil Espanhola” as 14h20. A tradução das legendas do filme é fruto do projeto de trabalho colaborativo da Biblioteca, “Legendando os filmes da Revolução Espanhola (1936-1939)“. E as 18h00, a Biblioteca Terra Livre participará da sessão debate “Manifestações no Brasil”, apresentando o curta metragem “Anarcovândalos em Townsville”. O curta é uma “sátira anarquista à mídia burguesa e ao oportunismo de vanguarda”. Logo após a exibição dos curtas, participaremos do debate sobre as manifestações com o coletivo Ativismo ABC e a Rede Extremo Sul.

A programação do Festival está repleta de debates e filmes muito interessantes e importantes para a discussão e construção de outras formas de vivência e organização. Nós da Biblioteca Terra Livre parabenizamos os organizadores e organizadoras do evento e esperamos as próximas edições do evento, assim como incentivamos a iniciativa de novas atividades, eventos e debates onde o anarquismo possa ser discutido, debatido e, acima de tudo, praticado!

Veja a programação completa aqui.

Nos vemos no II Festival do Filme Anarquista e Punk de São Paulo!!!

Darwin & Kropotkin, uma conversa sobre Ciência e Anarquismo

No sábado, dia 22 de junho, a Biblioteca Terra Livre e o Ativismo ABC, realizarão a partir das 15h uma roda de conversa sobre ciência e anarquismo, trazendo para o debate uma reflexão sobre os trabalhos de Darwin e Kropotkin. Para dar início ao debate exibiremos o curta animado “Darwin e Kropotkin: competição ou solidariedade?”, recentemente legendado pela Biblioteca Terra Livre.
O debate, que ocorrerá na Casa da Lagartixa Preta, em Santo André, se constitui como uma atividade preparatória para o Colóquio Internacional Ciência e Anarquismo, que ocorrerá entre os dias 11 e 14 de novembro na USP.

183 anos do nascimento de Louise Michel

Hoje, 29 de maio, relembramos o aniversário de nascimento de Louise Michel no ano de 1830. Incansável lutadora Louise Michel dedicou sua vida a educação e a transformação da sociedade no sentido da revolução social. Combatente implacável nas barricadas de Paris contra os desmandos do governo de Versalhes durante a Comuna de Paris em 1871, Louise colocou sua vida em risco juntamente com toda a classe de oprimidos da capital francesa.

A derrota dos communards não marcaria somente o longo exílio de Louise Michel na Nova Caledônia como também a levaria a reivindicar-se anarquista na lutar contra todas as injustiças sociais. O longo exílio não foi capaz de manter Louise distante dos princípios e círculos anarquistas. No ano de 1898, juntamente com Liev Tolstói, Élisée Reclus, Piotr Kropotkin e outros indivíduos escreveu o texto do Comitê de Iniciativa para o Ensino Integral retomando as discussões sobre a Educação Integral que haviam sido iniciadas na Associação Internacional dos Trabalhadores e apresentando algumas perspectivas objetivas para a implementação deste projeto de educação.
A vida de Louise Michel encontraria seu fim no início de 1905 em decorrência de uma forte pneumonia contraída durante uma viagem pela França onde realizava leituras em prol das causas anarquistas. Suas ideias e sua vida ainda seriam lembrados por diversas ocasiões, sendo significativo lembrar que um dos batalhões da Revolução Espanhola lhe renderia homenagem carregando o seu nome.
Buscando mais uma vez relembrar da incansável lutadora Louise compartilhamos em nossa página um filme, produzido na França em 2009, sobre a vida no exílio de Louise Michel e dos demais communards pós Comuna de Paris. A legenda para o português foi realizada por militantes do coletivo Ativismo ABC e estão disponíveis para download AQUI.

Indomáveis, uma história de Mulheres Livres

A Biblioteca Terra Livre ao longo dos primeiros meses do ano esteve trabalhando para a criação da legenda do documentário sobre as Mujeres Libres, produzido na Espanha pelo grupo ZerikusiA. O documentário aborda a história desse agrupamento de mulheres que construíram uma tão importante prática durante e depois da Revolução Espanhola de 1936.

O filme pode ser assistido em nosso canal do Youtube e o download do filme pode ser feito via torrent  AQUI e o arquivo da legenda está disponível AQUI.

Sinopse:

Em meados de maio de 1936 aparecia o primeiro número da revista Mujeres Libres.
Um ano depois, em agosto de 1937, se celebrava em Valencia o primeiro congresso estatal da Federação nacional de Mulheres Livres, uma organização feminista de corte anarquista que tinha por objetivo que as mulheres se liberassem por elas mesmas da cruel servidão da ignorância.
Esquecidas até por seus próprios companheiros Mujeres Libres chegou a contar com mais de 20.000 afiliadas. O turbilhão da guerra não lhes permitiu desenvolver seu programa “em paz”, mas nada nem ninguém pode impedir que germinasse a semente que carregavam em suas entranhas.
O objetivo deste trabalho é, além de resgatar do esquecimento estas mulheres, denunciar (ainda que não me goste o termo) a invisibilização a que se submetem, não só a Mujeres Libres como também a outras mulheres e grupos de mulheres que por coerência levaram até o final sua dissidência e se mantém as margens de estruturas pré-estabelecidas.

Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre as Mulheres Livres disponibilizamos também a dissertação de mestrado de Maria Clara Pivato Biajoli, “Narrar Utopias Vividas. Memória e Construção de Si nas Mujeres Libres da Espanha”.