Aniversário de 10 anos da Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa”

Neste mês de março a Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa” completa 10 anos. A Casa ao longo dos anos se tornou um espaço de construção de práticas anarquistas e de intenso aprendizado para militantes da grande São Paulo.
O centro social surgiu como um projeto do coletivo Ativismo ABC em Março de 2004, e teve a preocupação desde seu início de abrigar atividades relacionadas ao amplo universo libertário. O espaço se caracterizou ao longo dos anos como local onde se coloca em prática as perspectivas políticas, buscando desta forma expandi-las.
Para participar desta festa a Biblioteca Terra Livre realizará no domingo – 16/03 – a partir das 16 horas, o debate: ARTE, EDUCAÇÃO E ANARQUISMO.
A atividade terá a exibição do documentário “Arte e Anarquia” – com legendas inéditas feitas pela Biblioteca Terra Livre – seguida de debate.
Segue a sinopse do filme:

Arte e Anarquia (1989) – documentário – 35 min – áudio Espanhol – legenda Português

Arte e Anarquia é um documentário produzido pela Fundação de Estudos Libertários Anselmo Lorenzo, com direção de Emilio García Weidemann, que apresenta a relação entre alguns grupos artísticos de vanguarda (expressionismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, …) e o movimento anarquista, trazendo a reflexão sobre o papel do artista na transformação da sociedade. O documentário reúne imagens das obras de dezenas de artistas e citações de manifestos artísticos em prol da liberdade.

Dia: 16 de março, a partir das 16h

Local: Casa da Lagartixa Preta – Rua Alcides de Queiróz, 161 – Casa Branca – Santo André/SP

Para saber mais sobre o projeto da Casa da Lagartixa Preta, e da comemoração dos 10 anos do espaço, acesse: www.ativismoabc.org

Promoção Mujeres Libres

A luta das mulheres passou a ser recordada oficialmente no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, esta data que se universalizou nas primeiras décadas do século XX teve origem na luta das mulheres contra o czarismo russo onde estas lutavam por melhores condições de vida e contra as nefastas mazelas promovidas pela guerra. A luta das mulheres contra o czarismo russo já ocorria há pelo menos três décadas, quando grupos de mulheres niilistas se organizavam para lutar contra o regime aristocrático e criavam grupos de educação popular em meio aos camponeses. A busca por justiça social e igualdade contudo não havia surgido naquele momento, mulheres como Mary Wollstonecraft participaram do processo da revolução francesa e reivindicaram através de seus escritos a liberdade da mulher. A luta das mulheres atravessava os oceanos, nas fábricas nas Américas ou nas cidades japonesas as mulheres se organizavam para contrapor as violências sofridas.  Esta luta milenar das mulheres pela liberdade teve, na década de 1930, uma de suas mais intensas expressões com a Federação Mulheres Livres na Espanha. A Federação que em 1938, durante a Revolução Espanhola, contava com 20.000 mulheres associadas tinha como órgão de difusão a revista Mujeres Libres, criada três anos antes por Amparo Poch y Gascón, Lucía Sánchez Saornil e Mercedes Comaposada. A revista para mulheres escrita por mulheres vetava a colaboração de homens. A única exceção foi a participação do artista Baltasar Lobo, que era ilustrador e maquetista da publicação. Publicada em maio de 1936 a revista Mujeres Libres se dirigia as mulheres operárias e tinha como meta “despertar a consciência feminina em direção ao ideal libertário” e tirar a mulher de sua tripla escravidão: a da ignorância, a da produção e da condição da mulher.

Com intuito de resgatar esta memória, a Biblioteca Terra Livre realiza a promoção do livro “Mujeres Libres da Espanha: Documentos da Revolução Espanhola”, uma compilação de documentos realizada por Margareth Rago e Maria Clara Pivato Biajoli e publicada pela editora anarquista Achiamé. Na compra deste enviaremos, além do livro, gratuitamente uma cópia do documentário “Indomáveis, uma história de Mulheres Livres“, produzido em 2011 pelo grupo ZerikusiA e legendado para o português pela Biblioteca Terra Livre.

O pacote: LIVRO (R$20) + FILME (grátis) + frete (R$5 – para qualquer lugar do Brasil) sai por R$25 (vinte e cinco reais). A promoção valida até 14 de março de 2014. Para adquirir seu livro entre em contato através do email livrariaterralivre(a)gmail.com

El Libertario seguirá resistindo a hegemonía comunicacional do Estado venezuelano

Nota pública divulgada pelo coletivo El Libertário da Venezuela (a versão em espanhol pode ser acessada aqui):

Devido a dolarização da economia venezuelana, o controle cambial contínuo pelo governo madurista e a importação de 100% dos insumos para a indústria de artes gráficas, desde o final de 2013 as gráficas do país – incluindo aquela com a qual a 6 anos trabalhamos – estão sofrendo um desabastecimento de matéria prima, especialmente papel. Ele está obrigando muitos jornais do país a reduzir a extensão de suas edições e a a outros a limitar sua difusão ao formato digital, repercutindo especialmente nos meios de comunicação independentes como o nosso.

Esta situação não é somente consequência de erráticas decisões na questões econômicas e o aprofundamento da economia extrativa e rentista na Venezuela, mas também para o governo é uma oportunidade de controlar politicamente os setores não estatais. Como ocorreu com o espectro televisivo, o acesso aos dólares e permissões para a importação de insumos está sendo utilizado pelo madurismo no poder para silenciar qualquer tipo de dissidência e invisibilizar o máximo possível seus excessos e contradições.

Nosso impressor está fazendo todos os esforços para conseguir papel para nossa próxima edição, a de número 72, que deveria estar nas ruas no começo de março de 2014.

Somente se esta situação permanecer circularemos o número unicamente de maneira digital através das redes sociais, esperando no menor tempo possível voltar a edição física, que para nosso coletivo é fundamental no trabalho de difusão das lutas autônomas na Venezuela e a extensão das ideas libertarias. Nos 19 anos temos funcionado de maneira autogestionada e independente, e assim seguiremos fazendo, denunciando as arbitrariedades de qualquer poder e colocando-nos ao lado das vítimas da opressão de qualquer tipo. Convidamos aos amigos, amigas e leitores a participar de qualquer maneira em nossa experiência, seja fazendo conhecer a existência do El Libertario, criando ou retransmitindo o conteúdo, como forma de seguir ampliando a rede antiautoritária e resistir ao avanço da hegemonia estatal entre nós.

www.nodo50.org/ellibertario
http://periodicoellibertario.blogspot.com

Promoção no aniversário de Adelino de Pinho

Era um português do Norte, atarracado e explosivo, que em moço tinha sido motorneiro e se instruirá por conta própria, chegando a publicar diversos opúsculos e a colaborar com abundância nos jornais libertários”.

Essa foi uma das descrições que o sociólogo, ensaísta e crítico literário Antônio Candido fez à figura de Adelino Tavares de Pinho em seu livro “Teresina etc.”. O livro conta a história da imigrante italiana Teresina, assim como a história do pensamento de esquerda no Brasil. E um dos episódios dessa história ganha destaque os militantes anarquistas e dentre eles, Adelino. Antônio Candido, em outro texto, diz que teve muito contato com o “áspero” Adelino de Pinho. Segundo Candido, “escrevendo e falando, era violento, intransigente e apaixonado. Considerava o marxismo uma palha totalitária e admirava, sobretudo, os racionalistas e evolucionistas do século XIX. (…) Através dele pude sentir a extraordinária fidelidade dos anarquistas daquele tempo às suas convicções; a tenacidade com que as defendiam pela vida afora, mantendo elevada a temperatura da paixão libertária. E também a retidão com que viviam – honestíssimos, puritanos, achando que os valores morais eram requisito da revolução social e abominando o maquiavelismo da vida política”.

Nas palavras de Antônio Candido, percebemos como que os antigos militantes anarquistas buscavam a coerência entre os seus discursos e suas ações, enfrentando todas as contradições de se viver sob o regime estatal-capitalista-religioso.

Passados 129 anos do nascimento de Adelino, a Biblioteca Terra Livre, no esforço de difundir os ensinamentos de Pinho, realiza a promoção do livro “Pela Educação e Pelo Trabalho e outros escritos”. Na compra deste, o leitor receberá em sua casa, além do livro, uma cópia do documentário “Francisco Ferrer y Guardia, uma vida para a liberdade“, que relata a vida e obra do pedagogo racionalista catalão, que muito inspirou Adelino.

O pacote: LIVRO + FILME + frete (para qualquer lugar do Brasil) sai por R$30 (trinta reais).  A promoção vale até 31 de janeiro de 2014. Para adquirir seu livro entre em contato através do email livrariaterralivre(a)gmail.com

Para saber mais informações sobre o livro acesse: http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/editora/pela-educacao-e-pelo-trabalho/

E para ter acesso aos textos de Antônio Candido sobre Adelino acesse aqui: “Teresina etc.” e “Sobre a Retidão“.

Documentário: Ajuda a Madrid! (1936)

Ajuda a Madrid!” é o segundo filme legendado e disponibilizado pelo projeto Legendando os filmes da Revolução Espanhola. O curta, de pouco mais de 7 minutos, apresenta as ações de solidariedade praticadas pela sociedade revolucionária em prol dos milicianos que ocupavam o fronte na cidade de Madrid nos primeiros meses da Revolução Espanhola. O video pode ser assistido em:

Sinopse (pt):
Documentário realizado como parte da campanha de ajuda a Madrid desde a Catalunha, onde se enviou, concretamente, alimentos durante os primeiros meses de ataques.

A reportagem começa com imagens de edifícios bombardeados em Madrid e sobrepondo estas imagens estão consignas da CNT chamando a solidariedade com Madrid: “Uma consigna da Espanha antifascista… Ajuda a Madrid!! Uma consigna da CNT-FAI… Solidariedade! Solidariedade! Uma finalidade do trabalhador espanhol… Ganhar a guerra e a Revolução! Morra o fascismo!

Após uma tomada panorâmica de Barcelona e de seu porto, a reportagem, mostra os estivadores trabalhando na descarga de alimentos. Imagens do mercado de Borne e do Comitê Regional da CNT de onde saem os comboios com a ajuda para Madrid e, os vagões de trem, partem repletos de faixas em solidariedade ao povo de Madrid.