Saiba onde encontrar os livros da Biblioteca Terra Livre

A Biblioteca Terra Livre iniciou seus trabalhos editoriais em 2011. Desde então publicamos quatro livros e estamos preparando mais alguns títulos para este ano. Nossos livros podem ser adquiridos pela internet, através de nosso email, ou nos seguintes locais de venda:

* Biblioteca Terra Livre – São Paulo/SP
Rua Eng° Francisco Azevedo, 841 sala 4 – Vila Madalena
Horário de atendimento mediante agendamento por email.

Sebo do Paulo – São Paulo/SP
(Dentro do espaço Aquário no prédio da Geografia e História)
Avenida Prof. Lineu Prestes, 338 – Cidade Universitária
De segunda a sexta feira das 14h às 20h.

Título: PELA EDUCAÇÃO E PELO TRABALHO e outros escritos
Autor: Adelino Tavares de Pinho
Editora: Biblioteca Terra Livre
Preço: R$30,00
Resenha do livro
 

 

 

Título: GEOGRAFÍA SOCIAL AUSTRAL: la dinámica del anarquismo en Patagonia y Tierra del Fuego
Autor: Maximiliano Astroza-León
Editora: Biblioteca Terra Livre, Editorial Eleuterio e Editora La Malatesta
Preço: R$20,00
Resenha do livro
 

 

Título: ESCRITOS SOBRE EDUCAÇÃO E GEOGRAFIA
Autor: Élisée Reclus e Piotr Kropotkin
Editora: Biblioteca Terra Livre
Preço: R$20,00
Resenha do livro
 

 

 

Compra pela internet:

Os livros podem ser encomendados através do email:
bibliotecaterralivre[a]gmail.com

Conheça nossa Política editorial.

Legendando os filmes da Revolução Espanhola

Entre os anos de 1936 e 1939 algumas regiões da Espanha vivenciaram uma experiência única na história da sociedade moderna. Pela primeira vez o projeto libertário de autogestão econômica era posto em prática com a coletivização das terras e das fábricas. A autogestão social foi além, as frentes sindicais passaram a gerir os transportes e as produções audiovisuais.

Compreendendo a importância do cinema para a propaganda e difusão da revolução, o Sindicato da Indústria do Espetáculo da CNT passou a realizar uma intensa produção de filmes e documentários. Este material que já foi em sua maior parte recuperado ainda permanece inacessível ao público que não domina o idioma espanhol.
Com o intuito de transpor esta barreira linguística e recuperar de forma mais concreta o que foi a Revolução Espanhola estamos convidando as interessadas e os interessados a nos auxiliar no processo de criação das legendas para alguns destes filmes.
Nossa intenção é ter, para o dia 19 de Julho, data que marca o inicio da Revolução Espanhola, uma vasta quantidade de materiais para projetar, debater e difundir.
Atualmente a página Cine Anarquista tem disponibilizado os filmes produzidos pela CNT em uma excelente qualidade. Nossa intensão é legendar a maior quantidades de filmes possíveis.
Se você tem interesse em tomar parte deste projeto entre em contato conosco, pelo email bibliotecaterralivre(a)gmail.com, para que possamos coordenar os trabalhos e difundir a história e as práticas anarquistas.

Indomáveis, uma história de Mulheres Livres

A Biblioteca Terra Livre ao longo dos primeiros meses do ano esteve trabalhando para a criação da legenda do documentário sobre as Mujeres Libres, produzido na Espanha pelo grupo ZerikusiA. O documentário aborda a história desse agrupamento de mulheres que construíram uma tão importante prática durante e depois da Revolução Espanhola de 1936.

O filme pode ser assistido em nosso canal do Youtube e o download do filme pode ser feito via torrent  AQUI e o arquivo da legenda está disponível AQUI.

Sinopse:

Em meados de maio de 1936 aparecia o primeiro número da revista Mujeres Libres.
Um ano depois, em agosto de 1937, se celebrava em Valencia o primeiro congresso estatal da Federação nacional de Mulheres Livres, uma organização feminista de corte anarquista que tinha por objetivo que as mulheres se liberassem por elas mesmas da cruel servidão da ignorância.
Esquecidas até por seus próprios companheiros Mujeres Libres chegou a contar com mais de 20.000 afiliadas. O turbilhão da guerra não lhes permitiu desenvolver seu programa “em paz”, mas nada nem ninguém pode impedir que germinasse a semente que carregavam em suas entranhas.
O objetivo deste trabalho é, além de resgatar do esquecimento estas mulheres, denunciar (ainda que não me goste o termo) a invisibilização a que se submetem, não só a Mujeres Libres como também a outras mulheres e grupos de mulheres que por coerência levaram até o final sua dissidência e se mantém as margens de estruturas pré-estabelecidas.

Para aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre as Mulheres Livres disponibilizamos também a dissertação de mestrado de Maria Clara Pivato Biajoli, “Narrar Utopias Vividas. Memória e Construção de Si nas Mujeres Libres da Espanha”.

Cineclube A Comuna (Paris, 1871) – Parte 2

O Cineclube Terra Livre tem o prazer de anunciar a exibição da segunda parte do filme A Comuna (Paris, 1871), dirigido por Peter Watkins, em celebração a memória dos 142 anos da Comuna de Paris. O filme, realizado na forma de falso documentário, dividido em duas partes, busca apresentar ao longo de suas seis horas de duração as tensões e os anseios vividos pelas e pelos comunalistas nos 72 dias de resistências e lutas dentro da cidade de Paris. Por conta da extensa duração do filme, a primeira parte foi exibida no dia 24 e a segunda parte será exibida no último domingo de março, dia 31. A exibição será realizada em parceria com o CCS (Centro de Cultura Social), tendo início as 15h. A entrada é livre.

Cineclube Terra Livre apresenta:

A Comuna (Paris, 1871) – Parte 2

Dia 31/03 . domingo . 15h

Local . Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – sala 22 – República.
(A quatro quadras do metro República)

Entrada livre.

Para aquelas e aqueles que não puderam conferir a primeira parte do filme é possível fazer o download do filme através de torront: DOWNLOAD TORRENT e da legenda em português em: DOWNLOAD LEGENDA

Ou o video pode ser assistido no Youtube, com legendas em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=12e28qGeFAw

Cineclube A Comuna (Paris, 1871)

O Cineclube Terra Livre tem o prazer de anunciar que no próximo dia 24 de março (domingo) realizará, em parceria com o CCS (Centro de Cultura Social), a exibição do filme A Comuna (Paris, 1871), dirigido por Peter Watkins, em celebração a memória dos 142 anos da Comuna de Paris. O filme, realizado na forma de falso documentário, busca apresentar ao longo de suas seis horas de duração as tensões e os anseios vividos pelas e pelos comunalistas nos 72 dias de resistências e lutas dentro da cidade de Paris. Por conta da extensa duração do filme o Cineclube terá início as 15h e contará com um intervalo de vinte minutos no meio do filme para os comes e bebes. No dia haverá café e bolo. Aos que quiserem colaborar comidas e bebidas são bem vindas. A entrada é livre.

Cineclube Terra Livre apresenta:

A Comuna (Paris, 1871), 5h30 de duração, direção de Peter Watkins

Dia 24/03 . domingo . 15h

Local . Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – sala 22 – República.
(A quatro quadras do metro República)

Entrada livre.

As circunstâncias que determinaram o movimento da Comuna foram, apesar de tudo, um fato bastante banal, a débil defesa do governo e o abandono de um parque de artilharia do qual os prussianos, entrando em Paris, poderiam apoderar-se; mas estes foram simples detalhes. A França estava desunida; era preciso que os dois elementos opostos agrupassem-se francamente um com o outro em toda a sinceridade de suas aspirações, em toda a retidão de suas vontades. Foi o que fizeram os comunalistas de Paris, mais conhecidos, como todos os vencidos, por um nome de insulto, aquele de “communards”. É que as condições de perigo supremo, nas quais se encontrava a cidade de Paris, eram de natureza a enlevar os corações. Triplamente cercada pelas tropas alemãs, que teriam se rejubilado com a pilhagem, pelas tropas francesas, que ardiam de vontade de vingar-se das vitórias germânicas sobre os seus compatriotas, e pela massa da nação francesa, que de bom grado teria precipitado-se sobre Paris, foco de incessantes revoluções, a grande cidade não podia esperar vencer, malgrado a imensidão de seus recursos. Nem um único homem tendo alguma noção da história teve a mínima dúvida sobre o desfecho do conflito. Todos aqueles que aclamavam a Comuna, homens experientes das revoluções anteriores ou jovens entusiastas apaixonados por liberdade, sabiam de antemão que estavam destinados à morte. Vítimas propiciatórias, eles deviam à nobreza de seu devotamento, à amplitude de suas idéias, uma gravidade serena que refletia sobre a fisionomia geral de Paris e dava-lhe, nesses dias de resolução viril e completo desinteresse, uma fisionomia de majestosa grandeza que ela nunca tivera. (…)
Condenados de antemão a uma impiedosa repressão, as pessoas da Comuna deveriam ter aproveitado a curta trégua da existência para deixar grandes, incomparáveis exemplos, para começar, para além de revoluções e contra-revoluções, uma sociedade futura liberada da fome e do flagelo do dinheiro. Todavia, para empreender tal obra, teria sido necessário pôr-se de acordo em uma vontade comum e colocar em prática um saber já experimentado. Ora, as revoltas de Paris representavam grupos muito díspares que deviam forçosamente agir em sentido inverso uns dos outros. Entre eles, alguns ainda haviam permanecido em acessos de romantismo jacobino, outros só tinham honestos instintos revolucionários; uma minoria apenas compreendia que era necessário proceder com método à destruição de todas as instituições de Estado e à supressão de todos os obstáculos que impedem o agrupamento espontâneo dos cidadãos. Tudo somado, a obra do governo da Comuna foi mínima, e não podia ser diferente, porquanto ele estava, na realidade, nas mãos do povo armado. Se os cidadãos tivessem sido conduzidos por uma vontade comum de renovação social, eles teriam imposto a seus delegados; mas eles só tinham a preocupação com a defesa: combater bem e morrer bem.” Élisée Reclus (anarquista que juntamente com outras centenas de comunalistas compuseram as barricadas na cidade de Paris no ano de 1871.)

Trecho extraído do livro: Reclus, Élisée. O Homem e a Terra – Internacionais. São Paulo: Imaginário, 2011. p. 44-47.