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As manifestações contra a carestia de vida de 1913 e a greve geral de 1917, com Amir El Hakim

Greve Geral de 1917 photo GG1917_zpsf2d9d922.jpgAssim como nos dias de hoje, no início do século XX a luta anarquista pela transformação da sociedade estava presente nas ruas de São Paulo. As estratégias adotadas eram múltiplas (boicote, “corpo-mole”, luta sindical, greves, auto organização, propaganda, etc.), e as reivindicações eram claras (diminuição da jornada de trabalho, aumento salarial, melhoria das condições de vida, diminuição do preço de moradia, etc.). As ações praticadas por indivíduos e grupos anarquistas se faziam valer de múltiplas estratégias territoriais para sua atuação. O intuito deste debate é trazer uma reflexão para o presente das estratégias territoriais adotadas pelos grupos anarquistas nas manifestações e greves do início do século XX.

A atividade será realizada no dia 18 de agosto (domingo), a partir das 16h e terá lugar no Centro de Cultura Social. A entrada é livre.

No espaço destinado à produção de teses, monografias e dissertações da Biblioteca Terra Livre, poderão ser encontrados trabalhos que fazem referência ao tema, como o próprio trabalho de Amir, “Os operários pedem passagem! – A Geografia do operário na cidade de São Paulo (1900-1917)” assim como o de Christina R. Lopreato, “O espirito da revolta: a greve geral anarquista de 1917“. Confira a página, com esses e mais outros trabalhos!

Domingo, 18/08, às 16h
Local: Centro de Cultura Social
Rua General Jardim, 253 Sala 22
Vila Buarque – São Paulo/SP
(Próximo ao metrô Republica)

Primeiro encontro do Grupo de Estudos “Movimento Operário Autônomo”

Nesta quarta-feira, dia 27/03, reiniciaremos os trabalhos do Grupo de Estudos Movimento Operário Autônomo. Dando continuidade às leituras referentes à história do movimento operário e anarquista no Brasil, neste semestre nos dedicaremos a estudar as múltiplas facetas da organização sindical nos anos 1930, marcada por forte repressão do DEOPS aos movimentos sociais, bem como pela atuação agressiva do estado getulista, através do Ministério do Trabalho (M.T., como na imagem que ilustra as páginas do jornal A Plebe de 03/03/1934) e da edição de novas leis trabalhistas. Esse foi um período crucial para os trabalhadores e para o movimento sindical, que ficariam marcados por uma nova imagem até os dias de hoje.

Buscaremos, através das leituras, olhar para além dos discursos da ordem e da conquista de direitos. (Re)descobriremos os espaços de resistência e a atuação de grupos libertários (muitos apagados da história oficial) dentro dos sindicatos na tentativa desesperada de manutenção de sua autonomia e de sua liberdade.

GRUPO DE ESTUDOS “MOVIMENTO OPERÁRIO AUTÔNOMO”

Primeiro Encontro de 2013: Quarta-feira, 27/02 , às 19h.

LEITURA: Introdução e o Capítulo 1 do livro de Raquel de Azevedo, A Resistência Anarquista: uma questão de identidade (1927-1937).

A partir dessa data o grupo se reunirá sempre às quartas-feiras de 15 em 15 dias das 19h as 22h.

ATENÇÃO! Limite de vagas: 10 participantes.

Inscrições prévias (por ordem de chegada) através do e-mail:

bibliotecaterralivre[a]gmail.com

Até dia 27!

Retomada do grupo de estudos “Movimento Operário Autônomo”

Neste mês retomaremos as atividades do Grupo de Estudos da Biblioteca Terra Livre sobre “Movimento Operário Autônomo”. O primeiro encontro será dia 27 de fevereiro, quarta, às 19 horas.

O Grupo de Estudos tem como objetivo problematizar as práticas de organização dos trabalhadores na atualidade, buscando na história do sindicalismo e nas teorias anarquistas as bases para sua interpretação. Utilizamos para isso a leitura de textos teóricos (clássicos e contemporâneos), históricos e documentos. Filmes e documentários também são bons materiais de apoio utilizados para as discussões.

No segundo semestre de 2012 nos dedicamos ao estudo do movimento operário brasileiro nas primeiras décadas do século passado, com foco na década de 20. A discussão teve como referência a leitura de textos sobre os Congressos Operários Brasileiros de 1906, 1913 e 1920, além da leitura de textos de Alexandre Samis sobre o embate entre anarquismo e bolchevismo no movimento operário da década de 20. Veja aqui o roteiro de leituras passado:
http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/grupos-de-estudos/movimento-operario-autonomo/

Dando continuidade, neste semestre nos dedicaremos ao cenário na década de 30, tendo como principal referência de leitura o livro de Raquel de Azevedo, A Resistência Anarquista: uma questão de identidade (1927-1937).

O grupo existe desde 2010, mas é aberto à novas participações devido à sua dinâmica baseada na auto-formação e apoio mútuo entre os membros e ainda mais agora que inicia-se um novo ciclo de leituras, todos interessados são bem-vindos.

Primeiro Encontro de 2013: Quarta-feira, 27 de fevereiro, às 19h. A partir dessa data o grupo se reunirá sempre às quartas-feiras de 15 em 15 dias das 19h as 22h.

ATENÇÃO! Limite de vagas: 10 participantes. Inscrições prévias (por ordem de chegada) através do e-mail: bibliotecaterralivre@gmail.com

Nos vemos dia 27!

Saudações libertárias!

1º de Maio: a história de Haymarket

No ano de 1886, os trabalhadores dos Estados Unidos chamaram uma greve geral, reinvidicando a jornada de 8 horas de trabalho, para o dia 1º de Maio. Por volta de 200 mil trabalhadores entram em greve em várias cidades dos EUA.
Mas em Chicago, a greve ganha contornos especiais. Por ser um dos principais centros industriais do país na época, nesta cidade é também onde há as piores condições de trabalho e após a greve os trabalhadores seguiram manifestando-se contra o patronato. No dia 4 de maio é organizada uma marcha a partir da Haymarket Square, pacífica durante a maior parte do tempo até o seu final, quando os policiais começaram a avançar contra os manifestantes. Nesta confusão, é jogada uma bomba na força policial, matando um guarda. A partir deste momento, os policiais abrem fogo contra os trabalhadores, matando e ferindo várias pessoas. Estes acontecimentos foram chamados de “A Revolta de Haymarket”.
Nos dias seguintes, as autoridades estatais, apoiada pela imprensa, passam a reprimir brutalmente o movimento sindical e em particular os anarquistas, como os participantes mais ativos deste movimento. Em um processo sem base jurídica nenhuma, são presos os anarquistas Adolph Fischer, Albert Parsons, August Spies, George Engel, Louis Lingg, Michael Schwab, Oscar Neebey e Samuel Fielden. Destes, Spies, Fischer, Engel e Parsons foram enforcados em 11 de novembro de 1887 e Lingg é morto um dia antes da execução ao engolir uma cápsula explosiva na sua cela em um “suicídio” armado.
O julgamento foi tão absurdo que se tornou um escândalo até para alguns jornalistas e políticos, como o futuro governador de Illinois John Peter Atlgeld. Sob a pressão dos trabalhadores, ele outorgou em 1893 “perdão absoluto” a Samuel Fielden, Oscar Neebe e Michael Schwab, e reconheceu que o processo de Haymarket foi fraudulento.
Desde então, o 1º de Maio passa a ser o Dia do Trabalho e entra na memória dos trabalhadores em geral e em particular de nós, anarquistas. Acreditamos ser necessário relembrarmos a história desta data para afirmar que o 1º de Maio não é um feriado qualquer ou uma festa do trabalhador, mas sim é um dia de luto e de luta! Luta contra o capital, pois é somente com a sua extinção que podemos fundar uma sociedade de fato humana. Viva aos Mártires de Chicago! Viva aos trabalhadores!

Na foto, do lado superior esquerdo ao lado inferior direito: George Engel, Samuel Fielden, Adolph Fischer, Louis Lingg, Michael Schwab, Albert Parsons, Oscar Neebey e August Spies.

Recomendamos a leitura do texto de Rudolf Rocker sobre o 1º de Maio, disponível no seguinte link: http://editoraimaginario.webstorelw.com.br/products/artigo-rudolf-rocker-o-1o-de-maio

Grupos de Estudos

Dando continuidade as atividades dos Grupos de Estudos realizadas ao longo de 2011, a Biblioteca Terra Livre convida a todos a participar dos encontros quinzenais dos Grupos de Movimento Operário Autônomo, Anarquismo e Educação, Geografia e Anarquismo e do recém criado Grupo de Estudo Anarquismo e História. Nestes primeiros encontros definiremos os textos a serem lidos e as datas de realização dos outros encontros.

17/01 – Movimento Operário Autônomo
24/01 – Anarquismo e Educação
26/01 – Geografia e Anarquismo
02/02 – Anarquismo e História

Os encontros ocorrerão na sede da Biblioteca Terra Livre e terão início a partir das 19h.
A participação é livre.
Endereço: Rua Engº Francisco Azevedo, 841, sala 4 – Perdizes – São Paulo
(próximo ao Metro Vila Madalena)