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Cineclube A Comuna (Paris, 1871) – Parte 2

O Cineclube Terra Livre tem o prazer de anunciar a exibição da segunda parte do filme A Comuna (Paris, 1871), dirigido por Peter Watkins, em celebração a memória dos 142 anos da Comuna de Paris. O filme, realizado na forma de falso documentário, dividido em duas partes, busca apresentar ao longo de suas seis horas de duração as tensões e os anseios vividos pelas e pelos comunalistas nos 72 dias de resistências e lutas dentro da cidade de Paris. Por conta da extensa duração do filme, a primeira parte foi exibida no dia 24 e a segunda parte será exibida no último domingo de março, dia 31. A exibição será realizada em parceria com o CCS (Centro de Cultura Social), tendo início as 15h. A entrada é livre.

Cineclube Terra Livre apresenta:

A Comuna (Paris, 1871) – Parte 2

Dia 31/03 . domingo . 15h

Local . Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – sala 22 – República.
(A quatro quadras do metro República)

Entrada livre.

Para aquelas e aqueles que não puderam conferir a primeira parte do filme é possível fazer o download do filme através de torront: DOWNLOAD TORRENT e da legenda em português em: DOWNLOAD LEGENDA

Ou o video pode ser assistido no Youtube, com legendas em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=12e28qGeFAw

Cineclube A Comuna (Paris, 1871)

O Cineclube Terra Livre tem o prazer de anunciar que no próximo dia 24 de março (domingo) realizará, em parceria com o CCS (Centro de Cultura Social), a exibição do filme A Comuna (Paris, 1871), dirigido por Peter Watkins, em celebração a memória dos 142 anos da Comuna de Paris. O filme, realizado na forma de falso documentário, busca apresentar ao longo de suas seis horas de duração as tensões e os anseios vividos pelas e pelos comunalistas nos 72 dias de resistências e lutas dentro da cidade de Paris. Por conta da extensa duração do filme o Cineclube terá início as 15h e contará com um intervalo de vinte minutos no meio do filme para os comes e bebes. No dia haverá café e bolo. Aos que quiserem colaborar comidas e bebidas são bem vindas. A entrada é livre.

Cineclube Terra Livre apresenta:

A Comuna (Paris, 1871), 5h30 de duração, direção de Peter Watkins

Dia 24/03 . domingo . 15h

Local . Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – sala 22 – República.
(A quatro quadras do metro República)

Entrada livre.

As circunstâncias que determinaram o movimento da Comuna foram, apesar de tudo, um fato bastante banal, a débil defesa do governo e o abandono de um parque de artilharia do qual os prussianos, entrando em Paris, poderiam apoderar-se; mas estes foram simples detalhes. A França estava desunida; era preciso que os dois elementos opostos agrupassem-se francamente um com o outro em toda a sinceridade de suas aspirações, em toda a retidão de suas vontades. Foi o que fizeram os comunalistas de Paris, mais conhecidos, como todos os vencidos, por um nome de insulto, aquele de “communards”. É que as condições de perigo supremo, nas quais se encontrava a cidade de Paris, eram de natureza a enlevar os corações. Triplamente cercada pelas tropas alemãs, que teriam se rejubilado com a pilhagem, pelas tropas francesas, que ardiam de vontade de vingar-se das vitórias germânicas sobre os seus compatriotas, e pela massa da nação francesa, que de bom grado teria precipitado-se sobre Paris, foco de incessantes revoluções, a grande cidade não podia esperar vencer, malgrado a imensidão de seus recursos. Nem um único homem tendo alguma noção da história teve a mínima dúvida sobre o desfecho do conflito. Todos aqueles que aclamavam a Comuna, homens experientes das revoluções anteriores ou jovens entusiastas apaixonados por liberdade, sabiam de antemão que estavam destinados à morte. Vítimas propiciatórias, eles deviam à nobreza de seu devotamento, à amplitude de suas idéias, uma gravidade serena que refletia sobre a fisionomia geral de Paris e dava-lhe, nesses dias de resolução viril e completo desinteresse, uma fisionomia de majestosa grandeza que ela nunca tivera. (…)
Condenados de antemão a uma impiedosa repressão, as pessoas da Comuna deveriam ter aproveitado a curta trégua da existência para deixar grandes, incomparáveis exemplos, para começar, para além de revoluções e contra-revoluções, uma sociedade futura liberada da fome e do flagelo do dinheiro. Todavia, para empreender tal obra, teria sido necessário pôr-se de acordo em uma vontade comum e colocar em prática um saber já experimentado. Ora, as revoltas de Paris representavam grupos muito díspares que deviam forçosamente agir em sentido inverso uns dos outros. Entre eles, alguns ainda haviam permanecido em acessos de romantismo jacobino, outros só tinham honestos instintos revolucionários; uma minoria apenas compreendia que era necessário proceder com método à destruição de todas as instituições de Estado e à supressão de todos os obstáculos que impedem o agrupamento espontâneo dos cidadãos. Tudo somado, a obra do governo da Comuna foi mínima, e não podia ser diferente, porquanto ele estava, na realidade, nas mãos do povo armado. Se os cidadãos tivessem sido conduzidos por uma vontade comum de renovação social, eles teriam imposto a seus delegados; mas eles só tinham a preocupação com a defesa: combater bem e morrer bem.” Élisée Reclus (anarquista que juntamente com outras centenas de comunalistas compuseram as barricadas na cidade de Paris no ano de 1871.)

Trecho extraído do livro: Reclus, Élisée. O Homem e a Terra – Internacionais. São Paulo: Imaginário, 2011. p. 44-47.

Acervo de Teses libertárias online

Desde o ano passado a Biblioteca Terra Livre tem trabalhado na pesquisa e divulgação de trabalhos de pesquisa acadêmicos (desde trabalhos de conclusão de curso até pesquisas de doutorado). A necessidade e o interesse em resgatar estas pesquisas estava vinculada ao interesse em aprofundar algumas questões que haviam surgido dentro dos grupos de estudos. Compreendendo a dificuldade de encontrar estes materiais, entendemos a necessidade de organizar e difundir estas pesquisas pouco conhecidas e de difícil acesso. Desde então temos realizado um trabalho de pesquisa nas bibliotecas online das universidades brasileiras e temos recebido o contato de diversos autores a fim de disponibilizar as pesquisas. O material levantado está disponível em:
http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/biblioteca-virtual/teses/
Até o momento contamos com 16 trabalhos na área de educação, 3 trabalhos na área de geografia, 32 trabalhos na área de história, 2 trabalhos na área de letras e 6 trabalhos na área de ciências sociais. Sabemos que existem muitos outros trabalhos ainda por ser disponibilizados e esperamos em breve possuir um acervo ainda mais extenso de trabalhos acadêmicos.
Caso queira enviar seu trabalho para disponibilizar em nosso acervo entre em contato pelo email bibliotecaterralivre(a)gmail.com

Darwin e Kropotkin

Se inicia hoje o Grupo de estudos Pensadores Anarquistas. O primeiro ciclo de leitura abordará a obra de Piotr Kropotkin, anarquista e geógrafo russo, autor de obras como Apoio Mútuo, A Conquista do Pão, A Anarquia, sua filosofia e seu ideal, Palavras de um Revoltado, entre tantas outras. Uma considerável parte de suas obras já estão disponíveis em português e podem ser consultada nas estantes da Biblioteca Terra Livre.

Como forma de ampliar as discussões em torno da produção teórica de Kropotkin, disponibilizamos em nosso canal do Youtube o video Darwin e Kropotkin: competição ou solidariedade?, realizado em 2007 pelo grupo Les chevreaux suprématistes, que apresenta um diálogo fictício entre Darwin e Kropotkin sobre a evolução dos animais. Kropotkin, profundo admirador de Darwin, apresenta suas teses criticando a influência de Malthus na teoria de Darwin e exemplifica como o apoio mútuo, foi em muitos casos, um dos principais fatores de sobrevivência e evolução de algumas espécies. Sua teoria surge como contraponto aos argumentos apresentados por Thomas Huxley, um dos principais discípulos de Darwin. A construção da narrativa do curta dialoga profundamente com texto de Stephen Jay Gould intitulado “Kropotkin não era nenhum excêntrico“.

A legenda do vídeo foi realizada por meio de um trabalho conjunto entre membros da Biblioteca e amigos e o arquivo da legenda está disponível AQUI para outros grupos ou indivíduos que queiram traduzir para outros idiomas. A versão em espanhol se encontra disponível no site do Grupo de Estudios José Domingo Gómez Rojas.

O vídeo é o ponto de partida para os debates preparatórios do Colóquio Internacional Ciência e Anarquismo que ocorrerá em novembro de 2013 em São Paulo. Outras informações sobre o Colóquio em breve estarão disponíveis.

Retomada do grupo de estudos “Movimento Operário Autônomo”

Neste mês retomaremos as atividades do Grupo de Estudos da Biblioteca Terra Livre sobre “Movimento Operário Autônomo”. O primeiro encontro será dia 27 de fevereiro, quarta, às 19 horas.

O Grupo de Estudos tem como objetivo problematizar as práticas de organização dos trabalhadores na atualidade, buscando na história do sindicalismo e nas teorias anarquistas as bases para sua interpretação. Utilizamos para isso a leitura de textos teóricos (clássicos e contemporâneos), históricos e documentos. Filmes e documentários também são bons materiais de apoio utilizados para as discussões.

No segundo semestre de 2012 nos dedicamos ao estudo do movimento operário brasileiro nas primeiras décadas do século passado, com foco na década de 20. A discussão teve como referência a leitura de textos sobre os Congressos Operários Brasileiros de 1906, 1913 e 1920, além da leitura de textos de Alexandre Samis sobre o embate entre anarquismo e bolchevismo no movimento operário da década de 20. Veja aqui o roteiro de leituras passado:
http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/grupos-de-estudos/movimento-operario-autonomo/

Dando continuidade, neste semestre nos dedicaremos ao cenário na década de 30, tendo como principal referência de leitura o livro de Raquel de Azevedo, A Resistência Anarquista: uma questão de identidade (1927-1937).

O grupo existe desde 2010, mas é aberto à novas participações devido à sua dinâmica baseada na auto-formação e apoio mútuo entre os membros e ainda mais agora que inicia-se um novo ciclo de leituras, todos interessados são bem-vindos.

Primeiro Encontro de 2013: Quarta-feira, 27 de fevereiro, às 19h. A partir dessa data o grupo se reunirá sempre às quartas-feiras de 15 em 15 dias das 19h as 22h.

ATENÇÃO! Limite de vagas: 10 participantes. Inscrições prévias (por ordem de chegada) através do e-mail: bibliotecaterralivre@gmail.com

Nos vemos dia 27!

Saudações libertárias!