Debates

Nos próximos dias 30 (quinta-feira) e 31 (sexta-feira) de maio receberemos o militante anarquista e geógrafo Federico Ferretti para duas atividades que serão realizadas no Centro de Cultura Social. A primeira, na quinta-feira, abordará a relação entre os trabalhos desenvolvidos pelos geógrafos anarquistas dos séculos XIX e XX e as práticas da pedagogia libertária, o debate contará com a presença de Amir El Hakim de Paula, militante anarquista e professor do departamento de Geografia da UNESP Ourinhos.
No dia seguinte, sexta-feira, o debate será em torno da relação entre a produção científica e o pensamento e prática anarquista, nos séculos XIX e XX.

As duas atividades serão realizadas no Centro de Cultura Social e terão início as 16h. A entrada é gratuita.

No dia 27 de maio Federico Ferretti realizou na Universidade de São Paulo uma palestra intitulada A Nova Geografia Universal: Globalização e Crítica do Ocidente nas redes de Élisée Reclus que pode ser assistida na integra em:

VELHAS VOZES LIBERTÁRIAS: Homenagem aos antigos militantes do CCS

SÁBADO agora, dia 25/05, as 16 horas, dando continuidade ao Ciclo de Debates de 80 Anos do Centro de Cultura Social, acontecerá uma homenagem aos antigos militantes.

VELHAS VOZES LIBERTÁRIAS: Homenagem aos antigos militantes do CCS

Exibição de entrevistas, videos e fotos com Jaime Cubero, Chico Cuberos, Antonio Martinez, Diego Gimenez, Carlo Aldegheri, Virgilio Dall’Oca, entre outros.

Cartaz Velhas Vozes CCSDebate por Marcolino Jeremias (Nelca/CCS) e Miquelina (CCS).

ENTRADA FRANCA !!!
TODOS ESTÃO CONVIDADOS !!!

Sábado, 25/05, às 16h

Local: Centro de Cultura Social
Rua General Jardim, 253 Sala 22
Vila Buarque São Paulo – SP
Próximo ao metrô Republica

O cartaz com a programação completa está aqui:
http://www.ccssp.org/ccs/images/stories/cartaz80.jpg

Para saber mais: http://www.ccssp.org/ccs/

Reportagem do movimento revolucionário em Barcelona

Sinopse:

Este documentário é considerado como o primeiro rodado durante a Revolução Espanhola. Sua filmagem realizada nas ruas de Barcelona entre o dia 19 e o 24 de julho de 1936 e sua produção esteve a cargo da recém criada “Oficina de Información y Propaganda” da CNT. As tomadas foram rodadas por Ricardo Alonso e a direção e comentários foram realizadas pelo jornalista e crítico cinematográfico Mateo Santos, diretor da revista Film Popular e que havia tido sua primeira experiência cinematográfica em 1934 com o documentário “Estampas de España”. Posteriormente seria delegado do Gabinete de Cinema do Conselho de Aragón.

Seu tom exaltado e suas duras imagens causaram impacto nas classes burguesas da Espanha e Europa e foi utilizado pelos fascistas espanhóis e pelas forças reacionárias europeias como contrapropaganda para mostrar a suposta selvageria da República: o Governo da República impotente ante a barbárie vermelha. A própria identidade do filme sofreria todo tipo de distorções e fragmentos dele seriam incorporados a filmes propagandísticos dos sublevados, como Espanha Heróica (1938).

Porém, é um documento histórico de como um povo vai para as ruas para se defender de uma rebelião militar que quer faze-la ficar ainda mais na miséria, ao mesmo tempo que extravasava seu ódio contra seus cúmplices, uma igreja ultrarreacionária aliada desde sempre na Espanha com os exploradores. Se trata de um filme cujo conjunto apresenta um discurso coerente que assimila o entusiasmo da vitória sobre a sublevação fascista e uma virulenta tomada de posição contra os rebeldes para a normalização e reorganização da vida cotidiana de Barcelona.

Podemos ver, na continuação, concentrações para preparar a saída de combatentes desde a frente de Aragón; desfiles de artilharia, ônibus, meios de transporte improvisados de milicianos que uma multidão de barceloneses se despedem lotando as ruas; a liberação dos presos da prisão Modelo. Para, terminar, a câmera, instalada sobre um caminhão, realiza uma breve volta pela cidade mostrando edifícios desde os que tinha iniciado, sob o controle dos sindicatos dos trabalhadores, até a reorganização e reconstrução da normal atividade de Barcelona.

A ideia difundida que se tem da “Reportagem do movimento revolucionário em Barcelona” como uma obra “furiosa e inaceitável” nasce dos fragmentos que aludem a queima de igrejas e as imagens que mostram a entrada principal do convento das salesianas, com suas múmias expostas ao público, embora sejam mais reveladoras e sugestivas as imagens que remetem a comemoração da vitória e ao entusiasmo de se sentirem protagonistas na reorganização da vida cotidiana.

Apesar de tudo, provavelmente seja certo o que disse o historiador e crítico cinematográfico franquista Carlos Fernández Cuenca, criador e primeiro diretor (1953-1970) da Filmoteca Española: “O deplorável espetáculo contribuiria não pouco para frear a ajuda militar da França para a República Espanhola, que nessas imagens lhe tirava a máscara”.

***

Agradecemos a todos que participaram do projeto “Legendando os filmes da Revolução Espanhola” trabalhando na criação do texto de legenda para o filme. O projeto continua, aquelas e aqueles que quiserem mais informações acessem:
http://bibliotecaterralivre.noblogs.org/projeto-legendando-os-filmes-da-revolucao-espanhola/

Palestra sobre anarco-sindicalismo no Ciclo de 80 anos do CCCS/SP‏

cob_eleic3a7c3a3o_19871SÁBADO agora, dia 11/05, as 16 horas acontecerá a palestra “A refundação da COB nos anos 80” com a presença de ex-mebros da UGT-SP, AW, Danton Medrado, Isaac Leodoro e José Luiz Ferreira.

Trata-se de um debate sobre o ressurgir do sindicalismo de orientação anarquista após o fim da ditadura militar e a refundação da Confederação Operária Brasileira. Aproveite essa oportunidade para conhecer um pouco da história recente do anarquismo em São Paulo e fazer parte dessa comemoração importante para todos os libertários.

ENTRADA FRANCA !!!
TODOS ESTÃO CONVIDADOS !!!

Sábado, 11/05, às 16h

Local: Centro de Cultura Social
Rua General Jardim, 253 Sala 22
Vila Buarque São Paulo – SP
Próximo ao metrô Republica

CARTAZ / Site do CCS

Retrospectiva do Ciclo 80 Anos do CCS/SP

Em 2013 comemoramos 80 anos da fundação do Centro de Cultura Social, o grupo anarquista mais antigo em funcionamento hoje no Brasil. E para celebrar esse raro momento, o CCS promoverá uma série de atividades sob o título de “Educação, Conhecimento, Cultura: 80 anos de Anarquismo”, que se extenderá ao longo de todo o ano.

O primeiro ciclo já tem sua programação definida e começou com a palestra “80 anos de CCS: sua fundação e história” com Lucia Parra (Video).

Em seguida aconteceu a palestra do companheiro e historiador Antônio Carlos, sobre o tema: “Reabertura política e o ressurgir do anarquismo nos anos 80″(Video).

A terceira atividade foi dia 27 com o tema “Movimento Punk e Anarquismo no Brasil” com Josimas e Jhonny (Video).

Primeiro de Maio: Dia de Luto e de Luta

551484_425913230838114_93789000_nEm memória aos Mártires de Chicago e à todos/as trabalhadores/as que deram suas vidas para a liberdade, nós da Biblioteca Terra Livre, disponibilizamos documentos históricos que ajudam a cumprir nosso dever histórico: resgatar os nomes de tantos operários esquecidos pela história oficial e reescrever suas lutas para que as futuras gerações se inspirem nelas como nós fazemos hoje.

Por ocasião desse 1° de Maio, o Dia do Trabalhador (e não do trabalho, como querem os poderosos) relembramos a COB (Confederação Operária Brasileira), a primeira “central sindical” organizada no Brasil e uma associação de sindicatos de orientação anarquista. Em 1906, houve o Primeiro Congresso Operário, que daria origem, mais tarde, à Confederação. A COB foi desmantelada algumas vezes devido aos longos anos de repressão por parte do Estado, da patronal e de correntes autoritárias no seio da própria classe trabalhadora. Em diversos momentos foi reativada, mas cada vez enfrentando maior dificuldades na organização dos trabalhadores. De meados da deçada de 1980 para a COB ressurgiu e segue até os dias de hoje, porém num contexto histórico e sindical muito mais complexo e difícil do que antigamente.

O jornal A Voz do Trabalhador, publicado entre 1908 e 1915 no Rio de Janeiro, era o orgão de propaganda e organização da COB. Nele podemos encontrar os princípios anarquistas aplicados dentro do movimento sindical, seus debates e práticas de luta. Disponibilizamos à todos seus 71 números em PDF, material solidariamente cedido pelo Centro de Documentação e Memória (CEDEM) da UNESP.

Também colocamos á disposição de todos interessados o prontuário policial do DEOPS/SP referente à Confederação Operária Brasileira, guardados no Arquivo Público do estado de São Paulo. São documentos raros e que datam de meados dos anos 1930, quando, ao contrário do que muitos historiadores dizem (seja por ignorância ou má-fé), a COB se reorganizava e os anarquistas tinham ainda forte presença no âmbito da001685_JN60 organização sindical em São Paulo. Não será mais por falta de fontes históricas que certas falsidades se perpetuarão. É nesse sentido que o Grupo de Estudos Movimento Operário Autônomo vem estudando e debatendo a organização sindical desse período.

E por fim, é claro, fazemos um convite para que nós, trabalhadores/as, nos organizemos em busca de nossa total emancipação política, econômica e social. Organize-se e lute!

Deixamos aqui algumas convocatórias para atos e atividades alusivas ao Dia do Trabalhador em diferentes cidades do Brasil.

SP: 1, 2, 3, 4 / ES / RS / SC