Nesta quinta-feira, dia 03/12, ocorrerá o evento de lançamento do livro A Colmeia: Uma experiência pedagógica de Sébastien Faure publicado pela Biblioteca Terra Livre. A obra relata a experiência de A Colmeia (La Ruche), uma comunidade educativa anarquista que existiu entre 1904 e 1917 em Rambouillet (França).
Além da apresentação e venda do livro, haverá um debate sobre A Colmeia com Prof. Rodrigo Rosa da Silva (FEUSP), co-autor da introdução do livro escrita em parceria com o Prof. Paulo Marques da UFPel.
Quinta-Feira, 03/12/2015, das 18h às 19h30.
Sala 102 – Bloco B – Faculdade de Educação (FEUSP)
EVENTO NO FB.
Informações no site da FEUSP.
Leia a seguir um trecho da apresentação escrita especialmente para a atual edição:
“É com o objetivo de contribuir com o esforço de resgate desse legado, e ao mesmo tempo possibilitar aos pesquisadores, educadores e interessados no tema o acesso à história da Educação Libertária, que comemoramos a reedição brasileira, quase 100 anos após a original, da obra que descreve uma das mais ricas experiências educativas e comunitárias já realizadas pelos anarquistas: A Colmeia. Escrita há mais de um século por seu fundador e “diretor”, Sebastién Faure, um dos mais célebres militantes anarquistas da Europa naquele período.
Com essa nova edição, cuidadosamente editada pela Biblioteca Terra Livre, poderemos finalmente observar se a ausência do pensamento educacional anarquista e suas experiências nos currículos oficiais das universidades tem sua origem no desconhecimento e na ignorância de textos em português ou em algum tipo de silenciamento deliberado e intencional das práticas autônomas e anti estatais de educação.
Afinal, por que a A Colmeia é uma das mais importantes experiências educacionais de que se tem notícia? Fundamentalmente porque se tornou uma referência para o pensamento educacional libertário, ao colocar em prática com enorme êxito, por mais de uma década (14 anos!), uma pedagogia baseada nos princípios ácratas da Educação Integral, Autogestão, Cooperação, Autonomia Individual e Apoio Mútuo. Teve encerradas suas atividades somente por ocasião da eclosão da primeira guerra mundial na Europa.
Muito mais que uma “escola”, A Cólmeia tornou-se uma cooperativa integral, auto sustentada, na qual o saber e o conhecimento estavam intrinsecamente vinculados à prática, ou seja, à criação dos próprios meios necessários para a sua existência autônoma, principalmente em relação ao Estado ou qualquer outra instituição que a tutelasse.”