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Pré-venda Socialismo, de Piotr Kropotkin

O livro Socialismo reúne escritos de Piotr Kropotkin publicados entre 1891 e 1913. Esta obra inaugura a coleção KROPOTKIN, organizada pela Intermezzo editorial e pela Biblioteca Terra Livre, neste ano que marca o centenário de morte do autor e se insere em um esforço global de reencontro com a produção teórica, a memória e a militância deste que foi um dos mais destacados anarquistas de sua época.

Dos 22 artigos presentes nesta edição, somente o primeiro foi publicado no La Révolte em 1891, todos os demais apareceram no Les Temps Nouveaux, até o ano de 1913.

A tradução inédita destes artigos para o português, bem como a organização deste volume, são obra de Plínio Augusto Coêlho.

A promoção da pré-venda termina em 31 de janeiro de 2021 e a previsão de envio é a partir de 10 de fevereiro.

Lançamento do livro “O triunfo da Anarquia”

Neste sábado, dia 23 de fevereiro, a Biblioteca Terra Livre e CCS/SP convidam todas as pessoas para o debate de lançamento do livro “O triunfo da Anarquia e outros escritos” da militante anarquista Isabel Cerruti com a presença de Daniela Almeida, Gabriela Brancaglion e Rodrigo Rosa.

O livro reúne ao longo de suas páginas uma seleção de artigos escritos pela autora em diferentes jornais anarquistas, entre o período da década de 1910 a 1960. A obra está organizada de forma a – na medida do possível –, tornar a leitura fluída e compreensível, distribuindo os artigos em assuntos afins e tentando recriar o próprio processo de desenvolvimento do pensamento de Isabel Cerruti.

Após uma introdução biográfica aparecem os textos em que a autora declara abertamente sua vinculação ao ideal anarquista. Na sequência aparecem os artigos sobre a questão feminina, apresentando reflexões e diálogos sobre o papel e atuação da mulher nos espaços políticos.

Vinculando-se as principais discussões da militância anarquista e operária, aparecem os escritos sobre sindicalismo e, em seguida, os textos anticlericais da autora. Na seção Amor Livre, está compilado o debate desenvolvido por Cerruti com outros camaradas anarquista nas páginas do jornal A Plebe.

Outros temas como o da questão das desigualdades econômicas e sociais, também objetos de reflexão de Isabel, e estão presentes no livro.

A atividade tem início as 16h e a entrada é livre.

Outras informações sobre o livro em: https://bibliotecaterralivre.noblogs.org/editora/o-triunfo-da-anarquia/

Dia: 23 de fevereiro de 2019 (Sábado)

Hora: 16h

Entrada franca

Mais informações sobre o evento em: https://www.facebook.com/events/282539455749279

Local: Centro de Cultura Social
R. Gen. Jardim, 253, Sala 22 – República
facebook.com/CCSSP33 – www.ccssp.com.br

A mulher é uma degenerada no Correio Paulistano

No dia 11 de novembro de 1924 o jornal Correio Paulistano publicou em sua coluna Livros novos, uma carta de Alfredo Palacios (1878-1965), advogado, professor e militante socialista, em que o pensador argentino reflete sobre a importância da publicação da obra de Maria Lacerda de Moura naquele contexto.

Transcrevemos e traduzimos a coluna e a carta abaixo:

LIVROS NOVOS

“A mulher é uma degenerada” – D. Maria Lacerda de Moura

A propósito do livro “A mulher é uma degenerada”, a que já nos referimos nesta seção, o sr. Alfredo Palacios, decano da Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de La Plata, enviou a ilustre escritora patrícia d. Maria Lacerda de Moura, autora daquela obra, a seguinte carta:

“La Plata, 29 de outubro de 1924 – Sra. d. Maria Lacerda de Moura – São Paulo – Brasil.

Senhora: Com satisfação li sua obra ‘A mulher é uma degenerada’, na qual alenta um coração apaixonado, aceso em ânsia de justiça e uma inteligência vigorosa, cheia de verdades e inflamada de idealismo.

É um prazer para mim declarar que seu livro constitui, um dos mais sinceros, viris e de maior amplitude espiritual que foi publicado em nossa América nos últimos tempos. A seleta e variada cultura, a solidez de caráter e elevação de olhares que evidencia sua obra são, por si mesmas, a melhor demonstração da tese por você defendida e a refutação mais eficaz da pretendida inferioridade mental da mulher.

Há nesse livro toda a integridade de convicções e ductilidade intelectual que como brasão pode ostentar quem mais digno se julgue do nome de varão.

Se eu não estivesse convencido de que a inferioridade da mulher é uma lenda tão farsa e interessada como a da inferioridade orgânica dos deserdados, haveria me conquistado sua obra e essa doutrina. Já quiseram muitos homens, mesmo aqueles que se destacam entre os intelectuais, poder se expressar com a inteireza e o fogo, a sabedoria e a elegância com que você o faz. Seu livro é um raio de flechas contra o privilégio e a mentira entrelaçado com rosas de graça e de beleza.

O rugido, indignado clamor das ideias modernas circula através de todas suas páginas e ressoa como uma guerreira clarificando contra todas as manchas dos flagelos e preconceitos que assombram a vida. Ondas de chamas de entusiasmo idealista elevam-se de sua prosa projetando a vivida claridade das auroras futuras. Um ímpeto cordial, nascido de uma consciência sem censura e de profundo amor com as vítimas da injustiça social, presta suas páginas a eloquência de uma tocha flamejante no meio da noite. E a riqueza de seu pensamento, penetrando em todo os interstícios do rachado edifício que é a sociedade atual, mostra a mentira poliforme que nos envenena e abre amplos horizontes ao porvir humano pela dignificação da mulher, o enobrecimento do trabalho e a liberação do homem.

Seu livro é fonte de doçura e de esperança para os humildes e acusação implacável e fecunda contra os poderosos. É uma força incoercível do pensamento posta a serviço do Bem e da Verdade.

Que encontrem ressonância suas palavras entre as mulheres e os homens brasileiros, para que comecemos a forjar a nova civilização que se vislumbra já na consciência nascente da América ibera, é o que desejo fervorosamente.

Saúde a você, com a maior consideração e com a estima de um companheiro de ideal. – Alfredo Palacios”.

Promoção Maria Lacerda de Moura

No último dia 18 de agosto o Centro de Cultura Social (CCS) recebeu a atividade de lançamento do livro A Mulher é uma Degenerada, de Maria Lacerda de Moura. O livro fac-similar, publicado pela editora Tenda de Livros, resgata a 3ª edição da obra, de 1932. Além do texto original de Maria Lacerda o livro conta com uma série de artigos de diversas autoras libertárias, como Margareth Rago, Samanta Mendes, Juliana de Vasconcelos, Carolina O. Ressureição, Eloisa Torrão e Marina Mayumi, além de um texto de Fernanda Grigolin, idealizadora do projeto e capa e projeto gráfico de Laura Daviña. O livro acompanha também uma carta a Maria Lacerda de Moura, escrita por Aquela Mulher do Canto Esquerdo do Quadro.

Como forma de dar visibilidade e permitir que a vida e obra de Maria Lacerda de Moura chegue mais longe, a Biblioteca Terra Livre está realizando uma promoção de lançamento do livro. Na compra do livro você leva junto o documentário Maria Lacerda de Moura: Trajetória de uma rebelde (34 min).

O livro pode ser adquirido no botão abaixo:

Ou através do email livrariaterralivre@gmail.com

Para saber mais sobre o projeto do livro acesse: http://tendadelivros.org/marialacerdademoura/

Você encontra os títulos publicados pela Biblioteca Terra Livre em: https://bibliotecaterralivre.noblogs.org/editora/nossos-livros/

Promoção A Revolução Operária

Neste mês de julho relembramos os 101 anos da Revolução Operária que se iniciou em São Paulo e que se espalhou por todo Brasil. A Greve Geral de 1917 marcou o imaginário da classe trabalhadora brasileira e ainda hoje nos ensina valiosas lições sobre a auto-organização e as estratégias de luta dos trabalhadores, na luta contra os patrões e o capital e por sua própria emancipação.

Com o intuito de manter esta memória viva, a Biblioteca Terra Livre – ao longo de todo o mês de julho –  realiza a promoção: A Revolução Operária. Na compra do livro A Greve Geral de 1917: perspectivas anarquistas, o DVD 1917, A Greve Geral, e uma edição (fac-símile) do jornal A Plebe, de 21 de julho de 1917, vão gratuitamente com o livro.

O livro pode ser adquirido por R$35 + frete através do link abaixo:

Ou através de depósito bancário, os pedidos podem ser feitos via email em: livrariaterralivre@gmail.com

Mais informações:

  • Livro: A Greve Geral de 1917: perspectivas anarquistas | Org. Grupo de Estudos Greve Geral de 1917 | 288 p. | 2017.

Entre maio e junho de 2017, o “Grupo de Estudos Greve Geral de 1917” se reuniu na Biblioteca Terra Livre buscando ler e debater sobre a Greve Geral de 1917. O acumulo dos estudos, bem como o apoio de pesquisadoras e pesquisadores externos ganharam corpo nas páginas deste livro, que busca resgatar as origens da Greve; como esta se desenvolveu na cidade de São Paulo; o papel das mulheres na organização e na luta; o processo educacional para e na Greve; a repressão policial; bem como o desenvolvimento da Greve em outras cidades do Brasil.

Índice do livro:

  • DVD: 1917, A GREVE GERAL | Doc. | 90 min. | 2017 | português | Dir. Carlos Pronzato.

A primeira greve geral do Brasil, ocorrida em julho de 1917, promovida por organizações operárias de origem anarquista, foi uma das mais abrangentes e longas da História do Brasil. O documentário, através de entrevistas a especialistas e estudiosos do tema, celebra o centenário da primeira vitória da classe operária, arrancando conquistas sócias do Estado e do Patronato da época.

Prêmio Destaque Liberdade de Imprensa outorgado pelo jornal Tribuna de Imprensa Sindical – 2017.

  • Jornal (fac-símile): A Plebe, de 21 de julho de 1917.

Jornal anarquista, principal órgão da classe trabalhadora durante a Greve Geral de 1917. A edição fac-símile do jornal A Plebe é parte integrante do projeto Arquivo 17, de Fernanda Grigolin, que integra o Jornal de Borda 05, que tem como mote editorial da edição: Reconhecer os próprios privilégios é o primeiro passo para entender as desigualdades sociais e lutar contra elas.