Nos últimos dias as redes de comunicação foram tomadas pelas campanhas eleitorais, seja em âmbito municipal no Brasil ou nacional nos EUA. A barbárie e a farsa eleitoral mais uma vez estão no centro da atenção social e em meio a acusações, pandemia e crise uma parcela da população tenta decidir seu voto. Neste episódio trazemos algumas reflexões sobre os debates eleitorais, algumas das criticas que anarquistas fazem a lógica da política representativa, bem como relembramos algumas das campanhas anarquistas em épocas de eleições. Quer saber mais? Vem com a gente!
Hoje o Antinomia é especial: o programa entrevistou Amir El Hakim de Paula. Com uma larga experiência em educação básica, hoje Amir é professor do curso de licenciatura em Geografia na UNESP. Na entrevista, Amir conta como a pedagogia libertária é sua inspiração para seu dia a dia como professor. Além disso, ele relata sua experiência com o anarquismo, que conheceu na década de 1980 no Centro de Cultura Social, em São Paulo.
Olá a todos e a todas ouvintes do Antinomia! Sejam mais uma vez bem vindos e bem vindas ao Leituras Libertárias, projeto que busca compartilhar um pouco com vocês as nossas leituras sobre a história, teorias e práticas do anarquismo. Hoje nós vamos fazer a leitura de um trecho do livro “As ideias absolutistas no Socialismo”, “Social-democracia e Anarquismo” de Rudolf Rocker, referência fundamental para entendermos as heranças jacobinas em algumas correntes do socialismo e suas diferenças com o socialismo libertário.
Como forma de prestar homenagem a vida e obra da communard anarquista Louise Michel no dia em que recordamos os 190 anos de seu nascimento a Biblioteca Terra Livre disponibiliza a poesia de Paul Verlaine (1844-1896) – inédita em português – sobre Louise.
A poesia de Paul Verlaine foi musicada em 2012 pela banda NMB Brass Band.
E foi traduzida para o português, por ocasião deste aniversário, por Beatriz Barbosa:
Balada em homenagem à Louise Michel
Madame e Pauline Roland
Charlotte, Théroigne, Lucile,
Quase Joana d’Arc, estrelando
A fronte da multidão tola,
Nome dos céus, coração divino que distancia
Essa espécie de menos que nada
França burguesa às costas fáceis,
Louise Michel é muito boa¹
Ela ama o Pobre rude e franco
Ou tímido, ela é a foice
No trigo maduro para o pão branco
Do Pobre, e a santa Cecília
E a musa rouca e graciosa
Do Pobre e seu anjo guardião
Para este simples, para este rebelde.
Louise Michel é muito boa
Governos maliciosos,
Megatério² ou bacilo,
Soldado bruto, magistrado insolente,
Ou algum compromisso frágil,
Gigante de lama com pés de argila,
Tudo isso sua ira cristã
Esmaga com um desprezo ágil.
Louise Michel é muito boa.
ENVIO
Cidadã! Vosso evangelho
Nós morremos por! É a Honra! E bem
Longe dos Taxil e dos Bazile,
Louise Michel é muito boa.
1. A tradução de “bien” é “bem”, mas provavelmente o autor adaptou por fins de rimas. A frase faz alusão ao apelido de Louise Michel “la Louve rouge, la Bonne Louise” (a loba vermelha, a boa Louise). 2. “Besta gigante”, era uma preguiça gigantesca que viveu do Plioceno até o Pleistoceno, há aproximadamente 20 mil anos, nas Américas do Sul e do Norte. (Wikipedia)
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Outros materiais para conhecer mais sobre a vida e obra de Louise Michel são:
Olá a todas e todos ouvintes do Antinomia, hoje vamos ler um trecho do livro A Evolução, a Revolução e o Ideal Anárquico, de Élisée Reclus. Este texto foi publicado originalmente como livro em 1898 e, em 2015, foi traduzido e publicado por Plínio A.Coelho através da Intermezzo editorial, como parte da obra “Do Sentimento da Natureza nas Sociedades Modernas e outros escritos”.