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Palestra/debate Educação, Ciência e Anarquismo

Na próxima segunda feira, dia 7 de abril o companheiro Rodrigo Rosa, membro da Biblioteca Terra Livre e do Grupo de Pesquisa Poder Político, Educação, Lutas Sociais (GPEL/USP), participará da Palestra/debate Educação, Ciência e Anarquismo na UNEB.

A palestra terá como tema a apresentação da tese de doutorado intitulada “Anarquismo, ciência e educação: Francisco Ferrer y Guardia e a rede de militantes e cientistas em torno do ensino racionalista (1890-1920)” (disponível para download em nossa página de teses) que tratou da relação entre anarquismo, ciência e educação através do estudo da rede de militantes e cientistas anarquistas em torno da Escola Moderna de Barcelona fundada por Francisco Ferrer y Guardia.

Haverá livros anarquistas e sobre educação libertária a venda no local.

Dia 07/04Segunda-feira – as 20h
Campus 1 da UNEB, Rua Silveira Martins, Cabula Salvador
Departamento de Educação – DEDC
Auditório Jurandy Oliveira

Organização: PPGEDUC / TSPPP / UNEB / Biblioteca Terra Livre

Apoio: CACIS

Chamada para Grupo de Estudos “Cinema e Anarquia” – GECA

A Biblioteca Terra Livre tem o prazer de anunciar a criação de um novo Grupo de Estudos direcionado para a pesquisa das relações entre Cinema e Anarquia, o ‘GECA‘.

Seguindo o modelo de funcionamento dos nossos outros grupos de estudos, ele será gerido pelas pessoas que participam, portanto sua proposta inicial está sujeita a alterações mediante discussão com os interessados.

Assim, a ideia é que ocorram encontros quinzenais, às quintas-feiras, das 19h às 22h, na sede da Biblioteca Terra Livre.

O GECA tem entre seus objetivos tentar compreender as relações entre o cinema e a anarquia, bem como as relações diretas ou indiretas com outras artes, estabelecendo paralelos entre a pintura e a fotografia, a música e a trilha sonora, a literatura e o roteiro, dança e teatro no trabalho dos atores. Também pretende que os participantes estabeleçam contato com obras de anarquistas do século passado e de hoje, fazendo uma análise deste panorama cultural cinematográfico libertário, inclusive desenvolvendo eventos para a divulgação destes materiais, como cineclubes, debates e minicursos, aliando-os à produção textual e de resenhas pelos membros do grupo. Finalmente, buscaremos pensar como resultado dos encontros a criação de um ou mais vídeos (curta, média ou longa-metragem), para que sejam inscritos no Festival do Filme Anarquista e Punk de São Paulo: http://anarcopunk.org/festival/

O Grupo realizará atividades como leituras de textos sobre cinema anarquista [contemporâneos e históricos]; exibição e análise de filmes feitos por militantes ou sobre anarquia; críticas ao cinema contemporâneo, que podem ser publicadas na revista da Biblioteca; atividades como mostras, cineclube e minicursos; e criação e realização de projetos audiovisuais.

Como leitura sugerida para o primeiro encontro, que se realizará dia 10 de abril, propomos a introdução do livro ‘Cinema e Anarquia’, de Isabelle Marinone. O texto pode ser acessado clicando aqui.

Os interessados devem inscrever-se pelo email bibliotecaterralivre(a)gmail.com, pois há um limite de 10 participantes por questões de espaço.

Aniversário de 10 anos da Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa”

Neste mês de março a Casa da Lagartixa Preta “Malagueña Salerosa” completa 10 anos. A Casa ao longo dos anos se tornou um espaço de construção de práticas anarquistas e de intenso aprendizado para militantes da grande São Paulo.
O centro social surgiu como um projeto do coletivo Ativismo ABC em Março de 2004, e teve a preocupação desde seu início de abrigar atividades relacionadas ao amplo universo libertário. O espaço se caracterizou ao longo dos anos como local onde se coloca em prática as perspectivas políticas, buscando desta forma expandi-las.
Para participar desta festa a Biblioteca Terra Livre realizará no domingo – 16/03 – a partir das 16 horas, o debate: ARTE, EDUCAÇÃO E ANARQUISMO.
A atividade terá a exibição do documentário “Arte e Anarquia” – com legendas inéditas feitas pela Biblioteca Terra Livre – seguida de debate.
Segue a sinopse do filme:

Arte e Anarquia (1989) – documentário – 35 min – áudio Espanhol – legenda Português

Arte e Anarquia é um documentário produzido pela Fundação de Estudos Libertários Anselmo Lorenzo, com direção de Emilio García Weidemann, que apresenta a relação entre alguns grupos artísticos de vanguarda (expressionismo, futurismo, dadaísmo, surrealismo, …) e o movimento anarquista, trazendo a reflexão sobre o papel do artista na transformação da sociedade. O documentário reúne imagens das obras de dezenas de artistas e citações de manifestos artísticos em prol da liberdade.

Dia: 16 de março, a partir das 16h

Local: Casa da Lagartixa Preta – Rua Alcides de Queiróz, 161 – Casa Branca – Santo André/SP

Para saber mais sobre o projeto da Casa da Lagartixa Preta, e da comemoração dos 10 anos do espaço, acesse: www.ativismoabc.org

Promoção Mujeres Libres

A luta das mulheres passou a ser recordada oficialmente no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, esta data que se universalizou nas primeiras décadas do século XX teve origem na luta das mulheres contra o czarismo russo onde estas lutavam por melhores condições de vida e contra as nefastas mazelas promovidas pela guerra. A luta das mulheres contra o czarismo russo já ocorria há pelo menos três décadas, quando grupos de mulheres niilistas se organizavam para lutar contra o regime aristocrático e criavam grupos de educação popular em meio aos camponeses. A busca por justiça social e igualdade contudo não havia surgido naquele momento, mulheres como Mary Wollstonecraft participaram do processo da revolução francesa e reivindicaram através de seus escritos a liberdade da mulher. A luta das mulheres atravessava os oceanos, nas fábricas nas Américas ou nas cidades japonesas as mulheres se organizavam para contrapor as violências sofridas.  Esta luta milenar das mulheres pela liberdade teve, na década de 1930, uma de suas mais intensas expressões com a Federação Mulheres Livres na Espanha. A Federação que em 1938, durante a Revolução Espanhola, contava com 20.000 mulheres associadas tinha como órgão de difusão a revista Mujeres Libres, criada três anos antes por Amparo Poch y Gascón, Lucía Sánchez Saornil e Mercedes Comaposada. A revista para mulheres escrita por mulheres vetava a colaboração de homens. A única exceção foi a participação do artista Baltasar Lobo, que era ilustrador e maquetista da publicação. Publicada em maio de 1936 a revista Mujeres Libres se dirigia as mulheres operárias e tinha como meta “despertar a consciência feminina em direção ao ideal libertário” e tirar a mulher de sua tripla escravidão: a da ignorância, a da produção e da condição da mulher.

Com intuito de resgatar esta memória, a Biblioteca Terra Livre realiza a promoção do livro “Mujeres Libres da Espanha: Documentos da Revolução Espanhola”, uma compilação de documentos realizada por Margareth Rago e Maria Clara Pivato Biajoli e publicada pela editora anarquista Achiamé. Na compra deste enviaremos, além do livro, gratuitamente uma cópia do documentário “Indomáveis, uma história de Mulheres Livres“, produzido em 2011 pelo grupo ZerikusiA e legendado para o português pela Biblioteca Terra Livre.

O pacote: LIVRO (R$20) + FILME (grátis) + frete (R$5 – para qualquer lugar do Brasil) sai por R$25 (vinte e cinco reais). A promoção valida até 14 de março de 2014. Para adquirir seu livro entre em contato através do email livrariaterralivre(a)gmail.com

El Libertario seguirá resistindo a hegemonía comunicacional do Estado venezuelano

Nota pública divulgada pelo coletivo El Libertário da Venezuela (a versão em espanhol pode ser acessada aqui):

Devido a dolarização da economia venezuelana, o controle cambial contínuo pelo governo madurista e a importação de 100% dos insumos para a indústria de artes gráficas, desde o final de 2013 as gráficas do país – incluindo aquela com a qual a 6 anos trabalhamos – estão sofrendo um desabastecimento de matéria prima, especialmente papel. Ele está obrigando muitos jornais do país a reduzir a extensão de suas edições e a a outros a limitar sua difusão ao formato digital, repercutindo especialmente nos meios de comunicação independentes como o nosso.

Esta situação não é somente consequência de erráticas decisões na questões econômicas e o aprofundamento da economia extrativa e rentista na Venezuela, mas também para o governo é uma oportunidade de controlar politicamente os setores não estatais. Como ocorreu com o espectro televisivo, o acesso aos dólares e permissões para a importação de insumos está sendo utilizado pelo madurismo no poder para silenciar qualquer tipo de dissidência e invisibilizar o máximo possível seus excessos e contradições.

Nosso impressor está fazendo todos os esforços para conseguir papel para nossa próxima edição, a de número 72, que deveria estar nas ruas no começo de março de 2014.

Somente se esta situação permanecer circularemos o número unicamente de maneira digital através das redes sociais, esperando no menor tempo possível voltar a edição física, que para nosso coletivo é fundamental no trabalho de difusão das lutas autônomas na Venezuela e a extensão das ideas libertarias. Nos 19 anos temos funcionado de maneira autogestionada e independente, e assim seguiremos fazendo, denunciando as arbitrariedades de qualquer poder e colocando-nos ao lado das vítimas da opressão de qualquer tipo. Convidamos aos amigos, amigas e leitores a participar de qualquer maneira em nossa experiência, seja fazendo conhecer a existência do El Libertario, criando ou retransmitindo o conteúdo, como forma de seguir ampliando a rede antiautoritária e resistir ao avanço da hegemonia estatal entre nós.

www.nodo50.org/ellibertario
http://periodicoellibertario.blogspot.com