Olá a todos e a todas ouvintes do Antinomia! Sejam mais uma vez bem vindos e bem vindas ao Leituras Libertárias, projeto que busca compartilhar um pouco com vocês as nossas leituras sobre a história, teorias e práticas do anarquismo. Hoje nós vamos fazer a leitura de um trecho do livro “As ideias absolutistas no Socialismo”, “Social-democracia e Anarquismo” de Rudolf Rocker, referência fundamental para entendermos as heranças jacobinas em algumas correntes do socialismo e suas diferenças com o socialismo libertário.
Como forma de prestar homenagem a vida e obra da communard anarquista Louise Michel no dia em que recordamos os 190 anos de seu nascimento a Biblioteca Terra Livre disponibiliza a poesia de Paul Verlaine (1844-1896) – inédita em português – sobre Louise.
A poesia de Paul Verlaine foi musicada em 2012 pela banda NMB Brass Band.
E foi traduzida para o português, por ocasião deste aniversário, por Beatriz Barbosa:
Balada em homenagem à Louise Michel
Madame e Pauline Roland
Charlotte, Théroigne, Lucile,
Quase Joana d’Arc, estrelando
A fronte da multidão tola,
Nome dos céus, coração divino que distancia
Essa espécie de menos que nada
França burguesa às costas fáceis,
Louise Michel é muito boa¹
Ela ama o Pobre rude e franco
Ou tímido, ela é a foice
No trigo maduro para o pão branco
Do Pobre, e a santa Cecília
E a musa rouca e graciosa
Do Pobre e seu anjo guardião
Para este simples, para este rebelde.
Louise Michel é muito boa
Governos maliciosos,
Megatério² ou bacilo,
Soldado bruto, magistrado insolente,
Ou algum compromisso frágil,
Gigante de lama com pés de argila,
Tudo isso sua ira cristã
Esmaga com um desprezo ágil.
Louise Michel é muito boa.
ENVIO
Cidadã! Vosso evangelho
Nós morremos por! É a Honra! E bem
Longe dos Taxil e dos Bazile,
Louise Michel é muito boa.
1. A tradução de “bien” é “bem”, mas provavelmente o autor adaptou por fins de rimas. A frase faz alusão ao apelido de Louise Michel “la Louve rouge, la Bonne Louise” (a loba vermelha, a boa Louise). 2. “Besta gigante”, era uma preguiça gigantesca que viveu do Plioceno até o Pleistoceno, há aproximadamente 20 mil anos, nas Américas do Sul e do Norte. (Wikipedia)
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Outros materiais para conhecer mais sobre a vida e obra de Louise Michel são:
Dando continuidade a divulgação de projetos libertários, a Biblioteca Terra Livre divulga a experiência da Cooperativa de Consumo Curto Circuito, uma Associação Dionisíaca para Manutenção da Agricultura Camponesa (AMAP), localizada em Saint-Denis (França), que iniciou suas atividades em 2010 e desde então tem promovido a autogestão e a relação direta entre agricultores de alimentos orgânicos e consumidores urbanos.
A tradução da legenda deste documentário (2013) é frutos dos esforços colaborativos de membros da Biblioteca Terra Livre e apoiadores solidários! Agradecemos em especial a Beatriz Barbosa pela revisão da legenda.
Se você se interessou e quer saber como contribuir com o projeto de alguma forma, acesse o link: Quero Apoiar
Sinopse:
O documentário apresenta a cooperativa de consumo Curto Circuito, uma Associação Dionisíaca para Manutenção da Agricultura Camponesa (AMAP), que faz parte de uma reflexão global sobre a criação de ações alternativas. Surge a partir da ideia de unir pessoas em torno de um projeto que aborda um ato essencial da atividade humana: comer.
A partir daí, a cooperativa de consumo Curto Circuito pretende ser um ponto de encontro entre uma infinidade de iniciativas de indivíduos, que são autogeridas pelos próprios interessados, sem qualquer relação de poder, ou vínculos com estruturas oficiais.
Além disso, Curto Circuito não é uma associação; não há presidente, tesoureiro, escritório… é a autogestão social na prática.
Os casos de COVID-19 não param de crescer no Brasil. Hoje, no dia 22/05, o Brasil se tornou o segundo país com mais casos confirmados no mundo. Isso sem considerar a subnotificação existente. O quadro se torna mais e mais desesperador e a luz no final do túnel da pandemia está cada vez mais distante. Frente a essa situação, conversamos com Raísa, trabalhadora da saúde e militante do MTST. Falamos sobre a pandemia desde a perspectiva de uma trabalhadora e como o MTST está lidando com a pandemia.
Olá a todas e todos ouvintes do Antinomia, hoje vamos ler um trecho do livro A Evolução, a Revolução e o Ideal Anárquico, de Élisée Reclus. Este texto foi publicado originalmente como livro em 1898 e, em 2015, foi traduzido e publicado por Plínio A.Coelho através da Intermezzo editorial, como parte da obra “Do Sentimento da Natureza nas Sociedades Modernas e outros escritos”.