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Biblioteca Terra Livre na Verdurada!

EM NOVO LOCAL (NOVAMENTE)

O tempo passa e o espaço muda, mas o espírito continua o mesmo. Como vocês devem ter notado, após duas bem sucedidas edições na Rua da Consolação a Verdurada foi obrigada mais uma vez a mudar de endereço, por motivos de força maior. Felizmente, encontramos um local ainda melhor e também no Centro, estrategicamente posicionado na área da Praça Roosevelt, entre as Ruas Augusta e da Consolação.

Com dimensões parecidas às do velho galpão do Jabaquara e um visual marcante, o novo local nos pareceu uma escolha digna da tradição que o evento carrega. Pensando nisso, preparamos uma escalação calculada cirurgicamente para abrir com chave de ouro esta nova fase.

São bandas que, apesar de misturar sonoridades diferentes como o hardcore melódico do Inimigo, o mosh noventista do Live by The Fist, o som inclassificável do Leptospirose, o caos escandinavo do Speek Kills e o peso apocalíptico d’O Cúmplice, carregam consigo laços de amizade e valores comuns de quem compartilha há anos os espaços criados pela Verdurada e iniciativas semelhantes.

Como sempre, também teremos nesta edição uma atividade extra-musical. O debate “Existe Política Além do Voto?” trará Rodrigo Rosa, professor e membro da Biblioteca Terra Livre, para discutir a validade do sistema eleitoral e as alternativas a ele, tema crucial nestes tempos de propaganda massacrante tentando nos convencer de que a única coisa que nos resta é escolher entre PT e PSDB.

PROGRAMAÇÃO

O Inimigo

Anunciamos com grande satisfação que após uma longa pausa e mudanças de formação, O Inimigo está de volta à Verdurada. Os velhos integrantes Kalota (Point Of No Return/I Shot Cyrus/B.U.S.H, etc), Juninho (Point Of No Return, Discarga, RDP, etc) e Nino (Discarga, Eu Serei a Hiena, etc) apresentam os recrutas Fernando (Small Talk, Againe, Van Damien, CPM22) e Alê (RHD). Quem já viu a banda nesta nova fase garante que além do som calcado nas velhas bandas de Washington DC como Embrace e Dag Nasty, o quinteto está incorporando elementos roqueiros à la Dinosaur Jr. Tire a prova!
http://www.myspace.com/oinimigo

Live By The Fist

Assim como os colegas acima, o LBTF volta à Verdurada para fazer seu primeiro show após um longo período de inatividade. Se desde o começo o Live é uma das bandas mais apreciadas do cenário nacional, durante o período em que estiveram parados se transformaram numa verdadeira lenda, lembrada com reverência pelos apreciadores do hardcore straight edge duro e impactante unindo a força de clássicos noventistas como Integrity e Path Of Resistance à familiaridade e sinceridade de quem há anos batalha pela cena local na conexão São Paulo – Baixada Santista.
http://www.myspace.com/livebythefist

Leptospirose

Os imperadores de Bragança Paulista voltam à Verdurada para mostrar novamente por quê são considerados pelos experts um das melhores e mais originais nomes do hardcore atual. Além da velocidade e volume supersônicos e do carisma do frontman e ícone Quique Brown, o Leptospirose conta com os melhores músicos já vistos num show de punk rock ao sul do equador. Sorte nossa que, por algum motivo, os três resolveram direcionar seus talentos para criar uma massa sonora comparável a Dead Kennedys, Bad Brains, Meat Puppets e outros grandes nomes do ramo.
http://www.myspace.com/leptospirose

O Cúmplice

Com sua música demolidora que mistura o que há de mais sinistro nos universos do metal e do hardcore, de Black Sabbath e Venom a Integrity e Septic Death, o Cúmplice toca na Verdurada pela primeira vez após quase cinco anos de atividade. Divulgando o split cd com os cariocas do Te Voy A Quebrar, a banda apresenta o selo hardcoreano de qualidade, contando com integrantes e ex-integrantes de agrupamentos clássicos como Constrito, I Shot Cyrus e Abuso Sonoro. Destruição auditiva ou seu dinheiro de volta.
http://www.myspace.com/ocumplice

Speed Kills

Quem abre esta edição da Verdurada é este novo mas já comentado trio formado por integrantes de bandas notórias como B.U.S.H., Discarga e Alarme. Além de tocar um hardcore sujo e malvado inspirado em bandas inglesas e suecas como Mob 47, Anti-cimex e Discharge, o Speed Kills explora a temática baseada no filme “Mad Max”, que junto à sonoridade abrasiva e veloz como um V8, completa a equação pós-apocalíptica.
http://www.myspace.com/speedkillsparanoia

DEBATE: Existe Política Além do Voto? – Rodrigo Rosa (Biblioteca Terra Livre)

Votar no “menos pior”? Votar nulo? Não votar? Tanto faz! O “voto de protesto”, o “voto útil” ou o “voto nulo” são meras opções vazias num sistema que em si não dá conta de nossos desejos e ambições. Há outros caminhos? Autogestão, cooperativismo, ajuda mútua; Ação direta, ocupações, mobilizações; Socialismo libertário, gestão não-hierárquica, democracia direta, busca do consenso, organização em grupos locais e coletivos em federações… Essas opções são mais do que formas alternativas de participação política, são meios de tomar de volta nossa própria vida que nos é usurpada todos os dias.

O QUE É A VERDURADA?

O Coletivo Verdurada é o responsável pela organização do evento realizado em São Paulo desde 1996. Ele consiste na apresentação de banda (especialmente de hardcore, mas o palco é aberto a outros gêneros) e palestras sobre assuntos políticos, além de oficinas, debates, exposição de vídeos e de arte de conteúdo político e divergente. No final é distribuído um jantar totalmente vegetariano.

Este é o mais antigo e talvez o mais importante evento do calendário faça-você-mesmo brasileiro. Isso quer dizer que a organização é totalmente feita pela própria comunidade hardcore-punk-straightedge de São Paulo, que se encarrega tanto do contato com as bandas e palestrantes, quanto da locação do espaço, contratação das equipes de som e divulgação. Tudo sem fins lucrativos ou patrocínios de empresas. A renda é destinada a cobrir os custos e colaborar com atividades e iniciativas realizadas, ou apoiadas pelo coletivo.

Os objetivos de quem organiza a verdurada são basicamente dois: mostrar que se pode fazer com sucesso eventos sem o patrocínio de grandes empresas e sem divulgação paga na mídia e levar até o público a música feita pela juventude e as idéias e opiniões de pensadores e ativistas divergentes.

Quando?

Domingo – 22/08/2010 – das 16h às 22h

Onde?

Rua Nestor Pestana 189, Centro
A uma quadra da Praça Roosevelt – entre Rua Augusta e Consolação – 5 minutos a pé dos metrôs República e Anhangabaú.

Quanto?

R$8,00

– Jantar VEGetariANO grátis e venda de material independente.
– Por favor, sem cigarros e sem álcool.

Internet:

http://www.verdurada.org
http://www.myspace.com/verdurada
verdurada@riseup.net

Lançamento: Livros Élisée Reclus

É com o enorme prazer que venho lhes informar que os primeiros 3 livros de Elisse Reclus, traduzidos por Plínio Augusto Coelho, e publicados pela editora Imaginário juntamente com a editora Expressão e Arte acabam de ser lançados e estão disponíveis para venda.
Os livros trazem capítulos selecionados da volumosa obra “O homem e a Terra”. As traduções foram minuciosas, feitas a partir do original em francês.
Para todos aqueles que compreendem o trabalho de Reclus como meramente descritivo aqui estão os textos essencialmente críticos apresentados pelo autor.
Segue um pouco de cada livro:

Élisée Reclus – Do Sentimento da Natureza nas Sociedades Modernas

COMPRAR LIVRO!

“Quanto a saber o que na obra do homem serve para embelezar ou, então, contribui para degradar a natureza exterior pode parecer fútil a espíritos pretensamente positivos: ela não deixa de ter uma importância de primeira ordem. Os desenvolvimentos da humanidade ligam-se da maneira mais íntima com a natureza circundante. Uma harmonia secreta estabelece-se entre a terra e os povos que ela nutre, e quando as sociedades imprudentes permitem-se erguer a mão contra o que faz a beleza de sua região, elas acabam sempre por arrepender-se. Lá onde o solo enfeou-se, lá onde toda poesia desapareceu da paisagem, as imaginações desvanecem-se, os espíritos empobrecem-se, a rotina e o servilismo apoderam-se das almas e dispõem-nas ao torpor e à morte. Entre as causas que na história da humanidade já fizeram desaparecer tantas civilizações sucessivas, deve-se contar em primeira linha a brutal violência com a qual a maioria das nações tratam a terra nutriz. Abatiam as florestas, faziam secar as fontes e transbordar os rios, deterioravam os climas, cercavam as cidades de zonas pantanosas e pestilentas, depois, quando a natureza, por eles profanada, tornara-se-lhes hostil, eles a odiavam, e, não podendo refortalecer-se como o selvagem na vida das florestas, deixavam-se cada vez mais embrutecer-se pelo despotismo dos padres e dos reis.”

Élisée Reclus – Renovação de uma Cidade / Repartição dos Homens

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“Fossem os edis de uma cidade, sem exceção, homens de um gosto perfeito; se cada restauração ou reconstrução de edifício fizesse-se de uma maneira irrepreensível, nem por isso todas as nossas cidades deixariam de oferecer o deplorável e fatal contraste do luxo e da miséria, conseqüência necessária da desigualdade, da hostilidade que separam em dois o corpo social. Os bairros suntuosos, insolentes, têm por contrapartida casas sórdidas, ocultando por trás de seus muros exteriores, baixos e deteriorados, pátios gotejantes, montes repugnantes de pedregulho, miseráveis assoalhos de ripas. Mesmo nas cidades cujos administradores buscam encobrir hipocritamente todos os horrores mascarando-os por cercas decentes e embranquecidas, a miséria não deixa de transpassar: sente-se que lá atrás a morte realiza sua obra mais cruelmente do que alhures.”

Élisée Reclus – Da Ação Humana na Geografia Física / Geografia Comparada no Espaço e no Tempo 

 


COMPRAR LIVRO!

“A geografia, considerada em seu sentido estrito e buscada de uma maneira exclusiva, é um dos estudos mais perigosos. Por sinal, qual é a ciência que não pode ser endurecida, dessecada, privada de toda seiva, reduzida a nada quando se a estuda isoladamente, sem amplitude de espírito, sem largueza de concepções? Todo saber humano deve ter sua parcela de humanidade. Seria melhor não ter aprendido nada e conservar sua inteligência livre, pronta a receber impressões  completamente novas, do que encher a cabeça de um imenso cafarnaum sem responder a qualquer idéia.”

Élisée Reclus. Em 1871, participou ativamente da Comuna de Paris. Preso e condenado à deportação para Nova Caledônia, sua pena é comutada para dez anos de banimento. Na Suíça participou da Federação Jurassiana com Bakunin e James Guillaume. A partir de 1894, instalou-se em Bruxelas onde, sob sua impulsão, foi criada a Universidade Nova, bem como o Instituto de Altos Estudos, em 1894, no qual lecionou. Reclus participou de inúmeros jornais, revistas e brochuras. Mas é sobretudo o autor das extraordinárias obras de geopolítica Nova Geografia Universal: a Terra e os Homens (19 volumes) e O Homem e a Terra (6 volumes), nas quais analisa a relação do homem com o seu meio.

Aos interessados em outras obras de Reclus, a editora Imaginário conta com outro livro do autor em seu catálogo.

Elisée Reclus – A Evolução, a Revolução e o Ideal Anarquista

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“Nenhuma revolução pode realizar-se sem prévia evolução social. Élisée Reclus, o anarquista, não crê na violência, no acaso das balas, quando o povo só assite às revoluções palacianas. É preciso retornar ao indivíduo: É a seiva que faz a árvore, escreve. É nos corações e nas mentes que as transformações devem operar-se. Todavia, os defensores do  privilégio nunca cederão de boa vontade à pressão popular.”

Feira do Livro

Nas últimas semanas ocorreram na Europa ao menos 4 feiras de livros Anarquistas. Com o intuito de divulgar o anarquismo, promover debates, realizar lançamento de livros e encontro de militantes, as feiras foram um sucesso.

Com o objetivo de realizar uma feira de livros anarquistas em São Paulo no segundo semestre, a Biblioteca Terra Livre, convida a todos que tenham interesse em ajudar a construir este projeto!

Para tanto, segue alguns relatos dos eventos ocorridos no Verão Europeu!

Feira do livro anarquista de Lisboa:

A Feira do Livro Anarquista de Lisboa constrói-se ao longo de um ano inteiro. Foi assim também com esta terceira edição, que ocorreu no último fim de semana, só que desta vez fez-se sentir bem “a pressão que os meios estatais e midiáticos andam a exercer para criminalizar e isolar qualquer grupo ou iniciativa anti-autoritária” em Portugal.

O evento realizou-se num espaço diferente do que tinha sido planejado. Desafiando a solidariedade e o apoio-mútuo. Desafiando a cooperação e a auto-organização. Tomando a Praça, o Jardim… as Ruas!

Cumprindo integralmente a programação prevista, num local manifestadamente pequeno para conter toda a pujança de debates, apresentações de livros, passagem de filmes e as inúmeras bancas, com uma afluência de público que ultrapassou largamente a do ano anterior.

As paredes dos corredores do local da Feira travestidas das memórias de outras lutas, feiras… através de belos cartazes vindo de lugares distantes, sem fronteiras!

Esta Feira do Livro Anarquista foi organizada por um grupo diversificado de jovens anarquistas, mulheres e homens de corpo inteiro. Com entusiasmo e evidente êxito pariram esta mostra viva de quem se mantêm a lutar sem fazer consentimentos. Seja tomando a Praça, onde se fez um debate, se partilhou um jantar e se realizou o concerto previsto, seja tomando o Jardim onde aconteceram dois debates e apresentação de livros. Reconquistando o espaço público que é nosso. Apelando àqueles e àquelas que sintam afinidade em relação a uma postura de confronto e rebeldia perante este sistema nestes tempos assumidamente repressivos para quem está efetivamente em luta contra a exploração e a miséria.

Marcando presenças na Feira, bancas de distribuidoras de Madri, a Klinamen e o Grupo Editorial Pepitas de Calabaza, da distribuidora Al Margem de Valência, uma banca das Juventudes Anarquistas de Léon, todas da Espanha, o CIRA (Centro Internacional de Pesquisas Sobre Anarquismo) de Marseille, da França, uma distribuidora do País Basco, a Ahtez, assim como outras de Portugal.

Presentes companheiros e companheiras que vieram de Madri, Barcelona, País Basco, Valência, Reino Unido, Bélgica, França… De Portugal vieram compas de Coimbra, Porto, Setúbal… Cumplicidades já estão no ar e ficou a vontade de fazer uma feira do livro anarquista no Porto.

Do balanço dos debates ficou a idéia da importância de abordar o antimilitarismo, aprofundá-lo, pô-lo em ação. Também a questão do erotismo, do amor livre foi bem discutida, ficando no ar a importância da autenticidade na expressão e prática erótica, a libertação de tabus, mas também o respeito pela individualidade de cada uma e cada um. Sem pressões e com base na igualdade de gêneros, na sua diversidade… O(s) machismo(s) já longe… A certeza de que o amor livre é muito mais aquele que é dado/recebido numa base de igualdade e não tanto (e só) o sexo liberto (mas também). Abordado por diversas pessoas a questão do “namoro” e a pressão do grupo no sentido da censura a essa posição… Opiniões diferentes.

Também as refeições cozinhadas com carinho, coloridas e recheadas por risos, cumplicidades e abraços de quem se reencontra a cada ano… E os livros, acariciados, desfolhados, cheirados… Livros anarquistas!

E os cães? Eles não podiam entrar desta vez… Mas ao tomarmos as ruas, a praça e o jardim, lá apareceram com os “donos” e as “donas” também e, assim , em tão “hermosa companhia” nos deliciamos a ouvir histórias, testemunhos, divergências de opinião, pontos de vista acalorados, risos, lágrimas nos olhos da emoção… A paixão da anarquia!

Anarquista.

2ª Feira do Livro Anarquista de Biel/Bienne:

Após a primeira edição no ano passado em Winterthur, a segunda edição da feira do livro anarquista na Suíça teve lugar na cidade de Biel/Bienne, em 15 e 16 de maio de 2010.
Esta cidade bilíngüe (francês e alemão) tem uma longa história de tradição libertária. É uma velha cidade que vale a pena ser visitada, e está maravilhosamente bem localizada, entre o lago de Neuchâtel e as Colinas Jurassianas.
Numerosas editoras francesas, suíças, alemãs e italianas estiveram por lá para apresentar a literatura anti-autoritária contemporânea, tendo como participantes o CIRA de Lausanne e de Marseille, a FAU de Berne, as Edições Entremonde,
(Entremundos), a Livraria Espace Noir (Espaço Negro), Graswurzelrevolution, Libertäre Aktion Winterthur, Karakök Autonome, Edizioni La Baronata, Zeitpunkt, as Edições do Monde Libertaire (Mundo Libertário), entre outras iniciativas anarquistas.

Aconteceram diversas conferências, entre elas a de Marianne Enckell, que falou sobre “O movimento anarquista e a importância das  bibliotecas”, a de Lou Marin que abordou o tema “Albert Camus e o anarquismo”, ou ainda uma outra de Michel Némitz, que
discorreu sobre “A Federação Jurassiana”, para citar só as que eram em francês, e que atraíram um numeroso público.

Outros espaços da cidade foram acoplados a Feira, como a La Coupole, para os concertos e performances, onde, entre outros, se apresentaram Fred Alpi e o grupo Berlinska Droha, de Berlim, da Alemanha.

No squat LaBiu, rolava o serviço de refeições vegan, com preço livre. Lá também se projetou um filme-documentário sobre os operários anarquistas do setor de mármore de Carrara, na Itália.

Várias centenas de pessoas visitaram esta feira do livro e vendemos, com um companheiro do grupo La Vache Noire (A Vaca Negra), da Federação Anarquista Francófona, 700 euros de um grande lote de Edições do Monde Libertaire (Mundo
Libertário) e das Edições Libertaires (Libertárias).

Alayn Dropsy

Semanário “Le Monde Libertaire” Nº 1598 (3-9 de junho de 2010)

Tradução > Liberdade à Solta

Feira do Livro Anarquista de Sheffield:

Em 22 de maio de 2010 foi realizada uma feira do livro anarquista em Sheffield, a primeira na memória viva da maioria dos participantes, e um sucesso esplêndido. Parece que o anarquismo está tendo um novo crescimento, com centros sociais, feiras
de livros e cooperativas brotando por todo o Reino Unido e pelo mundo. Os princípios básicos como auto-organização, igualdade, não-hierarquia, apoio mútuo e cooperação estão fazendo muito sentido para as novas gerações que não acreditam na intoxicação
e demonização por parte da mídia e que querem descobrir por si próprios como tudo isto funciona. A feira do livro foi um claro exemplo, sendo organizada em curtíssimo espaço de tempo, sob orçamento baixo, e com uma pequena ajuda de outras feiras do
livro ao redor do país. O evento atraiu centenas de pessoas, e dava a impressão de estar movimentado o dia inteiro. O local da feira, a casa noturna Corporation, estava vagamente iluminado, mas fora isto foi tudo ótimo. Na verdade, numa pura demonstração de apoio mútuo, muitas pessoas voltaram correndo para suas casas e trouxeram luminárias de mesa para dar um pouco de luz ao local.

Naturalmente, muitos livros, revistas, livretos, camisetas, botons e cartazes estavam expostos nas barracas. Uma série de palestras foi realizada na sala adjacente. Os temas iam de “Um guia ativista para a rede” a “Anarquismo 101, tudo que você gostaria de saber sobre anarquismo”. Elas foram realmente muito bem freqüentadas, com aproximadamente 40 pessoas participando em média de cada uma. O Corporate Watch veio de Londres para dar uma oficina sobre “Rastreando a Cumplicidade Corporativa na Ocupação da Palestina” e também houve um encontro do Grupo Anarquista de Yorkshire. O Mídia Independente de Sheffield gravou as palestras, que podem ser ouvidas nos links abaixo. Agradecemos também ao Amigos dos Animais de Sheffield por servir uma comida vegana excelente, e à prestativa equipe da Corporation.

Talvez a parte mais empolgante de qualquer evento seja o contato entre as pessoas e os resultados que brotam desta interação. Pessoalmente fiquei muito satisfeito por encontrar pessoas que me apoiaram na idéia de se fazer um arquivo com os materiais
políticos de Sheffield que tenho coletado durante os últimos 25 anos, e também sobre a venda de livros para espalhar as idéias. E também a fala sobre a abertura de um “centro social” libertário em Sheffield foi inspiradora – se eu não estivesse lá eu não saberia o que está sendo discutido agora. Subitamente deu a impressão de que uma década de gelo estava sendo derretida.

O anarquismo é uma força para organizar a mudança social que dá poder ao povo, é mais do que assinar petições e se encaixar em programas, e é divertido. Feira do Livro Anarquista de Sheffield 2011? Fique de olho…

Áudio: “Um Guia Ativista para a Rede”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451853.html

Áudio: “O que é um Centro Social?”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451855.html

Áudio: “Rastreando a Cumplicidade Corporativa na Ocupação da Palestina”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451860.html

Áudio: “Anarquismo 101”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451862.html

Fotos:
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451868.html

Feira do Livro Anarquista de Sheffield:
http://www.bookfair.org.uk/

Tradução > Marcelo Yokoi

CONFIRMADO – Encontro do Grupo de Estudos dia 15/04

Dia 15/04 as 19:30 – Geografia da libertação humana.

Será discutido o penúltimo capítulo do livro “Anarquismo y Geografia” intitulado “La geografia de la liberacíon humana” de Richard Peet. Neste, o autor apresenta um debate entre os autores Kropotkin e Marx e suas teorías frente ao Capitalismo contemporâneo.

Como chegar no Ay Carmela!:
http://ay-carmela.birosca.org/ComoChegar

Link para download do Livro:
http://www.4shared.com/file/214667309/7da284e2/anarquismo_y_geografia.html?s=1