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Lançamento: Livros Élisée Reclus

É com o enorme prazer que venho lhes informar que os primeiros 3 livros de Elisse Reclus, traduzidos por Plínio Augusto Coelho, e publicados pela editora Imaginário juntamente com a editora Expressão e Arte acabam de ser lançados e estão disponíveis para venda.
Os livros trazem capítulos selecionados da volumosa obra “O homem e a Terra”. As traduções foram minuciosas, feitas a partir do original em francês.
Para todos aqueles que compreendem o trabalho de Reclus como meramente descritivo aqui estão os textos essencialmente críticos apresentados pelo autor.
Segue um pouco de cada livro:

Élisée Reclus – Do Sentimento da Natureza nas Sociedades Modernas

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“Quanto a saber o que na obra do homem serve para embelezar ou, então, contribui para degradar a natureza exterior pode parecer fútil a espíritos pretensamente positivos: ela não deixa de ter uma importância de primeira ordem. Os desenvolvimentos da humanidade ligam-se da maneira mais íntima com a natureza circundante. Uma harmonia secreta estabelece-se entre a terra e os povos que ela nutre, e quando as sociedades imprudentes permitem-se erguer a mão contra o que faz a beleza de sua região, elas acabam sempre por arrepender-se. Lá onde o solo enfeou-se, lá onde toda poesia desapareceu da paisagem, as imaginações desvanecem-se, os espíritos empobrecem-se, a rotina e o servilismo apoderam-se das almas e dispõem-nas ao torpor e à morte. Entre as causas que na história da humanidade já fizeram desaparecer tantas civilizações sucessivas, deve-se contar em primeira linha a brutal violência com a qual a maioria das nações tratam a terra nutriz. Abatiam as florestas, faziam secar as fontes e transbordar os rios, deterioravam os climas, cercavam as cidades de zonas pantanosas e pestilentas, depois, quando a natureza, por eles profanada, tornara-se-lhes hostil, eles a odiavam, e, não podendo refortalecer-se como o selvagem na vida das florestas, deixavam-se cada vez mais embrutecer-se pelo despotismo dos padres e dos reis.”

Élisée Reclus – Renovação de uma Cidade / Repartição dos Homens

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“Fossem os edis de uma cidade, sem exceção, homens de um gosto perfeito; se cada restauração ou reconstrução de edifício fizesse-se de uma maneira irrepreensível, nem por isso todas as nossas cidades deixariam de oferecer o deplorável e fatal contraste do luxo e da miséria, conseqüência necessária da desigualdade, da hostilidade que separam em dois o corpo social. Os bairros suntuosos, insolentes, têm por contrapartida casas sórdidas, ocultando por trás de seus muros exteriores, baixos e deteriorados, pátios gotejantes, montes repugnantes de pedregulho, miseráveis assoalhos de ripas. Mesmo nas cidades cujos administradores buscam encobrir hipocritamente todos os horrores mascarando-os por cercas decentes e embranquecidas, a miséria não deixa de transpassar: sente-se que lá atrás a morte realiza sua obra mais cruelmente do que alhures.”

Élisée Reclus – Da Ação Humana na Geografia Física / Geografia Comparada no Espaço e no Tempo 

 


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“A geografia, considerada em seu sentido estrito e buscada de uma maneira exclusiva, é um dos estudos mais perigosos. Por sinal, qual é a ciência que não pode ser endurecida, dessecada, privada de toda seiva, reduzida a nada quando se a estuda isoladamente, sem amplitude de espírito, sem largueza de concepções? Todo saber humano deve ter sua parcela de humanidade. Seria melhor não ter aprendido nada e conservar sua inteligência livre, pronta a receber impressões  completamente novas, do que encher a cabeça de um imenso cafarnaum sem responder a qualquer idéia.”

Élisée Reclus. Em 1871, participou ativamente da Comuna de Paris. Preso e condenado à deportação para Nova Caledônia, sua pena é comutada para dez anos de banimento. Na Suíça participou da Federação Jurassiana com Bakunin e James Guillaume. A partir de 1894, instalou-se em Bruxelas onde, sob sua impulsão, foi criada a Universidade Nova, bem como o Instituto de Altos Estudos, em 1894, no qual lecionou. Reclus participou de inúmeros jornais, revistas e brochuras. Mas é sobretudo o autor das extraordinárias obras de geopolítica Nova Geografia Universal: a Terra e os Homens (19 volumes) e O Homem e a Terra (6 volumes), nas quais analisa a relação do homem com o seu meio.

Aos interessados em outras obras de Reclus, a editora Imaginário conta com outro livro do autor em seu catálogo.

Elisée Reclus – A Evolução, a Revolução e o Ideal Anarquista

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“Nenhuma revolução pode realizar-se sem prévia evolução social. Élisée Reclus, o anarquista, não crê na violência, no acaso das balas, quando o povo só assite às revoluções palacianas. É preciso retornar ao indivíduo: É a seiva que faz a árvore, escreve. É nos corações e nas mentes que as transformações devem operar-se. Todavia, os defensores do  privilégio nunca cederão de boa vontade à pressão popular.”

Convite para envio de desenhos

Olá companheiros.

Escrevo para convida-los a produzir e enviar desenhos, ilustrações, fotos, colagens e etc para que possamos ilustrar uma nova publicação anarquista a ser lançada em agosto de 2010.

Trata-se de um Boletim bimestral de cunho anarquista editado pelo grupo de pessoas que hoje fazem parte da Biblioteca Terra Livre (antes conhecido como Coletivo Anarquista Terra Livre). Será divulgado, primordialmente, em PDF pela internet. Imprimiremos em preto e branco um número razoável de cada número para distribuição local e por correio para grupos e assinantes, assim como para frequentadores do (futuro) espaço da Biblioteca.

Organizamos uma exposição (com a curadodia de Flávio Bá) de desenhos de artistas libertários contemporâneos e brasileiros. Resultou na exposição e catálogo Traços Libertários, lançados na 1a. Feira Anarquista de São Paulo em 2006.

Alguns artistas voltaram a produzir obras para ilustrar a Revista Protesta! editada pelo Coletivo por alguns anos.

Agora, reforçamos o convite com o intuito de incentivar os artistas libertários a produzir e difundir mais suas criações e ao mesmo tempo pretendemos criar um espaço de divulgação permanente de produção artística de cunho anarquista.

Portanto, convidamos você (e outros artistas libertários) a enviar desenhos para ilustrar o Boletim da Biblioteca Terra Livre. Aceitamos desenhos grandes (para a capa do Boletim) ou pequenos (para ilustração interna, de textos). O ideal é que tenha uma resolução boa para que possa ser impresso com qualidade.

Pode ser obras com tema livre ou relacionados com anarquismo ou anarquistas. Vale caricaturas de pensadores anarquistas, críticas sociais, temas como educação, tecnologia, autogestão, crítica à autoridade (polícia, estado, políticos, igreja, patrão, etc)…. Enfim, podem soltar a imaginação!

Também precisaremos de desenhos para artigos com temas específicos, mas aí os que se interessarem podem se manifestar e pedimos pontualmente conforme surgir a necessidade.

Vamos lançar alguns livros também, e poderemos precisar de desenhos para capas. Interessados em ilustrar capas ou fazer a edição (ou colaborar de alguma maneira) podem entrar em contato também.

Finalmente, avisamos que o envio dos desenhos não é garantia de sua publicação. Faremos um grande esforço para contemplar todos artistas que enviarem obras, mas a publicação vai depender dos temas abordados em cada número do boletim.

Contamos com a colaboração de todos interessados.

Para envio de desenhos e contatos com a Biblioteca:

bibliotecaterralivre@gmail.com

Biblioteca Terra Livre
Caixa Postal 195
São Paulo – SP – Brasil
01009-972

http://bibliotecaterralivre.wordpress.com
http://www.inventati.org/terralivre
http://www.fotolog.com.br/terralivre2010
http://www.fotolog.com.br/terralivre

Informes da Biblioteca

A Biblioteca Terra Livre anteriormente fazia parte do Espaço Ay Carmela!. Contudo, nestas últimas semanas estamos nos desligando do espaço. Encaixotando os livros, separando o material e preparando a mudança.
A princípio gostariamos de levar os livros para um espaço definitivo, contudo, por uma questão de inviabilidade financeira acreditamos que ainda não será possível.
Mas apesar dos contratempos estamos em plena atividade!
Nossas atividades atuais vão desde a revisão do livro A CONQUISTA DO PÃO de Kropotkin para um breve lançamento, passando pelo desenvolvimento de um periódico anarquista, pela organização da festa/debate de lançamento dos livros do Elisee Reclus, da editora Imaginário, pela catalogação do acervo de materias da biblioteca e, por fim, pela construção deste blog para a disponibilização de materiais anarquistas!
Aos interessados em compartilhar de alguma forma nestes projetos basta mandar um comentário ou email.
Abraços!

Feira do Livro

Nas últimas semanas ocorreram na Europa ao menos 4 feiras de livros Anarquistas. Com o intuito de divulgar o anarquismo, promover debates, realizar lançamento de livros e encontro de militantes, as feiras foram um sucesso.

Com o objetivo de realizar uma feira de livros anarquistas em São Paulo no segundo semestre, a Biblioteca Terra Livre, convida a todos que tenham interesse em ajudar a construir este projeto!

Para tanto, segue alguns relatos dos eventos ocorridos no Verão Europeu!

Feira do livro anarquista de Lisboa:

A Feira do Livro Anarquista de Lisboa constrói-se ao longo de um ano inteiro. Foi assim também com esta terceira edição, que ocorreu no último fim de semana, só que desta vez fez-se sentir bem “a pressão que os meios estatais e midiáticos andam a exercer para criminalizar e isolar qualquer grupo ou iniciativa anti-autoritária” em Portugal.

O evento realizou-se num espaço diferente do que tinha sido planejado. Desafiando a solidariedade e o apoio-mútuo. Desafiando a cooperação e a auto-organização. Tomando a Praça, o Jardim… as Ruas!

Cumprindo integralmente a programação prevista, num local manifestadamente pequeno para conter toda a pujança de debates, apresentações de livros, passagem de filmes e as inúmeras bancas, com uma afluência de público que ultrapassou largamente a do ano anterior.

As paredes dos corredores do local da Feira travestidas das memórias de outras lutas, feiras… através de belos cartazes vindo de lugares distantes, sem fronteiras!

Esta Feira do Livro Anarquista foi organizada por um grupo diversificado de jovens anarquistas, mulheres e homens de corpo inteiro. Com entusiasmo e evidente êxito pariram esta mostra viva de quem se mantêm a lutar sem fazer consentimentos. Seja tomando a Praça, onde se fez um debate, se partilhou um jantar e se realizou o concerto previsto, seja tomando o Jardim onde aconteceram dois debates e apresentação de livros. Reconquistando o espaço público que é nosso. Apelando àqueles e àquelas que sintam afinidade em relação a uma postura de confronto e rebeldia perante este sistema nestes tempos assumidamente repressivos para quem está efetivamente em luta contra a exploração e a miséria.

Marcando presenças na Feira, bancas de distribuidoras de Madri, a Klinamen e o Grupo Editorial Pepitas de Calabaza, da distribuidora Al Margem de Valência, uma banca das Juventudes Anarquistas de Léon, todas da Espanha, o CIRA (Centro Internacional de Pesquisas Sobre Anarquismo) de Marseille, da França, uma distribuidora do País Basco, a Ahtez, assim como outras de Portugal.

Presentes companheiros e companheiras que vieram de Madri, Barcelona, País Basco, Valência, Reino Unido, Bélgica, França… De Portugal vieram compas de Coimbra, Porto, Setúbal… Cumplicidades já estão no ar e ficou a vontade de fazer uma feira do livro anarquista no Porto.

Do balanço dos debates ficou a idéia da importância de abordar o antimilitarismo, aprofundá-lo, pô-lo em ação. Também a questão do erotismo, do amor livre foi bem discutida, ficando no ar a importância da autenticidade na expressão e prática erótica, a libertação de tabus, mas também o respeito pela individualidade de cada uma e cada um. Sem pressões e com base na igualdade de gêneros, na sua diversidade… O(s) machismo(s) já longe… A certeza de que o amor livre é muito mais aquele que é dado/recebido numa base de igualdade e não tanto (e só) o sexo liberto (mas também). Abordado por diversas pessoas a questão do “namoro” e a pressão do grupo no sentido da censura a essa posição… Opiniões diferentes.

Também as refeições cozinhadas com carinho, coloridas e recheadas por risos, cumplicidades e abraços de quem se reencontra a cada ano… E os livros, acariciados, desfolhados, cheirados… Livros anarquistas!

E os cães? Eles não podiam entrar desta vez… Mas ao tomarmos as ruas, a praça e o jardim, lá apareceram com os “donos” e as “donas” também e, assim , em tão “hermosa companhia” nos deliciamos a ouvir histórias, testemunhos, divergências de opinião, pontos de vista acalorados, risos, lágrimas nos olhos da emoção… A paixão da anarquia!

Anarquista.

2ª Feira do Livro Anarquista de Biel/Bienne:

Após a primeira edição no ano passado em Winterthur, a segunda edição da feira do livro anarquista na Suíça teve lugar na cidade de Biel/Bienne, em 15 e 16 de maio de 2010.
Esta cidade bilíngüe (francês e alemão) tem uma longa história de tradição libertária. É uma velha cidade que vale a pena ser visitada, e está maravilhosamente bem localizada, entre o lago de Neuchâtel e as Colinas Jurassianas.
Numerosas editoras francesas, suíças, alemãs e italianas estiveram por lá para apresentar a literatura anti-autoritária contemporânea, tendo como participantes o CIRA de Lausanne e de Marseille, a FAU de Berne, as Edições Entremonde,
(Entremundos), a Livraria Espace Noir (Espaço Negro), Graswurzelrevolution, Libertäre Aktion Winterthur, Karakök Autonome, Edizioni La Baronata, Zeitpunkt, as Edições do Monde Libertaire (Mundo Libertário), entre outras iniciativas anarquistas.

Aconteceram diversas conferências, entre elas a de Marianne Enckell, que falou sobre “O movimento anarquista e a importância das  bibliotecas”, a de Lou Marin que abordou o tema “Albert Camus e o anarquismo”, ou ainda uma outra de Michel Némitz, que
discorreu sobre “A Federação Jurassiana”, para citar só as que eram em francês, e que atraíram um numeroso público.

Outros espaços da cidade foram acoplados a Feira, como a La Coupole, para os concertos e performances, onde, entre outros, se apresentaram Fred Alpi e o grupo Berlinska Droha, de Berlim, da Alemanha.

No squat LaBiu, rolava o serviço de refeições vegan, com preço livre. Lá também se projetou um filme-documentário sobre os operários anarquistas do setor de mármore de Carrara, na Itália.

Várias centenas de pessoas visitaram esta feira do livro e vendemos, com um companheiro do grupo La Vache Noire (A Vaca Negra), da Federação Anarquista Francófona, 700 euros de um grande lote de Edições do Monde Libertaire (Mundo
Libertário) e das Edições Libertaires (Libertárias).

Alayn Dropsy

Semanário “Le Monde Libertaire” Nº 1598 (3-9 de junho de 2010)

Tradução > Liberdade à Solta

Feira do Livro Anarquista de Sheffield:

Em 22 de maio de 2010 foi realizada uma feira do livro anarquista em Sheffield, a primeira na memória viva da maioria dos participantes, e um sucesso esplêndido. Parece que o anarquismo está tendo um novo crescimento, com centros sociais, feiras
de livros e cooperativas brotando por todo o Reino Unido e pelo mundo. Os princípios básicos como auto-organização, igualdade, não-hierarquia, apoio mútuo e cooperação estão fazendo muito sentido para as novas gerações que não acreditam na intoxicação
e demonização por parte da mídia e que querem descobrir por si próprios como tudo isto funciona. A feira do livro foi um claro exemplo, sendo organizada em curtíssimo espaço de tempo, sob orçamento baixo, e com uma pequena ajuda de outras feiras do
livro ao redor do país. O evento atraiu centenas de pessoas, e dava a impressão de estar movimentado o dia inteiro. O local da feira, a casa noturna Corporation, estava vagamente iluminado, mas fora isto foi tudo ótimo. Na verdade, numa pura demonstração de apoio mútuo, muitas pessoas voltaram correndo para suas casas e trouxeram luminárias de mesa para dar um pouco de luz ao local.

Naturalmente, muitos livros, revistas, livretos, camisetas, botons e cartazes estavam expostos nas barracas. Uma série de palestras foi realizada na sala adjacente. Os temas iam de “Um guia ativista para a rede” a “Anarquismo 101, tudo que você gostaria de saber sobre anarquismo”. Elas foram realmente muito bem freqüentadas, com aproximadamente 40 pessoas participando em média de cada uma. O Corporate Watch veio de Londres para dar uma oficina sobre “Rastreando a Cumplicidade Corporativa na Ocupação da Palestina” e também houve um encontro do Grupo Anarquista de Yorkshire. O Mídia Independente de Sheffield gravou as palestras, que podem ser ouvidas nos links abaixo. Agradecemos também ao Amigos dos Animais de Sheffield por servir uma comida vegana excelente, e à prestativa equipe da Corporation.

Talvez a parte mais empolgante de qualquer evento seja o contato entre as pessoas e os resultados que brotam desta interação. Pessoalmente fiquei muito satisfeito por encontrar pessoas que me apoiaram na idéia de se fazer um arquivo com os materiais
políticos de Sheffield que tenho coletado durante os últimos 25 anos, e também sobre a venda de livros para espalhar as idéias. E também a fala sobre a abertura de um “centro social” libertário em Sheffield foi inspiradora – se eu não estivesse lá eu não saberia o que está sendo discutido agora. Subitamente deu a impressão de que uma década de gelo estava sendo derretida.

O anarquismo é uma força para organizar a mudança social que dá poder ao povo, é mais do que assinar petições e se encaixar em programas, e é divertido. Feira do Livro Anarquista de Sheffield 2011? Fique de olho…

Áudio: “Um Guia Ativista para a Rede”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451853.html

Áudio: “O que é um Centro Social?”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451855.html

Áudio: “Rastreando a Cumplicidade Corporativa na Ocupação da Palestina”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451860.html

Áudio: “Anarquismo 101”
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451862.html

Fotos:
http://www.indymedia.org.uk/en/regions/sheffield/2010/05/451868.html

Feira do Livro Anarquista de Sheffield:
http://www.bookfair.org.uk/

Tradução > Marcelo Yokoi

Feira do Livro Anarquista de Estocolmo

Divulgando a Feira do Livro Anarquista de Estocolmo que ocorrerá em breve:

[No sábado, 5 de junho, será realizada a Feira do Livro Anarquista de Estocolmo, em Telefonplan, Midsommargården. Na feira haverá estandes de livros suecos e internacionais, debates, cozinha popular, música ao vivo, apresentações de filmes e muito mais.]

Na Feira do Livro Anarquista queremos apresentar as nossas análises, trocar experiências e construir futuras redes de interação. Esperamos, também, dissipar alguns preconceitos infundados sobre os anarquistas. Nossa idéia é que a feira seja um mercado aberto e de intercâmbio, destinada a todos aqueles que possam se interessar – desde ativistas comprometidos com o ideal até aos aposentados curiosos. Também trabalharemos para chegar a companheiros e grupos da região do Mar Báltico. Durante a feira haverá um tempo determinado para a troca de contatos entre os ativistas, editores e escritores.

Além dos estandes de projetos e editoras anarquistas, iremos organizar quatro painéis de discussão, uma exibição, shows musicais, e uma “Tarde do Livro Anarquista” no domingo. Além disso, iremos providenciar um espaço para encontros de rede específicos.

Painéis de Discussão

[1º Painel de Discussão, 10h – 12h]

“Os Anarquistas Podem Ajudar na Crise Econômica? Anarco-sindicalismo, Direitos dos Trabalhadores e Lutas no Local de Trabalho”

Os ativistas irão debater sobre a relevância dos princípios e idéias anarquistas na organização no local de trabalho, no desafio das injustiças econômicas, e no desenvolvimento de alternativas ao capitalismo e ao sistema de trabalho assalariado. Em tempos de neoliberalismo cada vez mais crescente, a discussão também enfocará sobre a solidariedade e colaboração dos trabalhadores para além das fronteiras do estado-nação.

• Doug (IWW – Reino Unido)
• Jone Ellings (SAC)
• Holger Marcks (FAU-Berlim)
• Torfi Magnusson (SAC)
• Anna-Klara Bratt (mod.)

[2º Painel de Discussão, 13h – 15h]

“O que é o Anarquismo? O Anarquismo é Relevante Hoje em Dia?”

Com freqüência os meios de comunicação dominantes ou retratam o anarquismo como um sonho inútil nos melhores casos, ou como um simples caos nos piores. Entretanto, há uma rica história dos objetivos, valores e estratégias anarquistas – que vai das comunidades coletivistas às liberações individuais, das ações diretas às desobediências não-violentas. O debate vai tentar explorar esta história e delinear as formas concretas nas quais o anarquismo pode contribuir para que a justiça e a liberdade estejam mais presentes em nossas vidas cotidianas.

• Johanna Asp (Infoshop Vulkan)
• Brian D. (CrimethInc.)
• Sebastian Kalicha (Graswurzelrevolution)
• Deric Shannon (Anarchist Studies Network)
• Abbey Willis (mod.)

[3º Painel de Discussão, 15h – 17h]

“Porque os Anarquistas Têm uma Feira do Livro? O Sentido da Publicação Anarquista”

Há uma velha piadinha: “O que acontece quando três anarquistas acabam parando na mesma sala? – Eles fundam um jornal”. O debate tenta examinar o significado histórico dos projetos de publicação – jornais, revistas, imprensas – para o movimento anarquista, e para a organização ativista em geral. Também iremos discutir sobre as dificuldades econômicas que os projetos de publicação radical enfrentam e as formas possíveis de superá-las e apoiar uns aos outros. Além disso, queremos refletir sobre o impacto da internet na mídia impressa em geral.

• Jon Active (Active Distribution)
• Alexis (AK Press)
• Marianne Enckell (CIRA, Lausanne)
• Margaret Killjoy (anarchistfiction.net)
• Pia Laskar (mod.)

[4º Painel de Discussão / Encontro de Rede. 17h – 19h]

“Anarquismo na Região Báltica: Construindo Alianças”

Um dos maiores motivos de se organizar uma feira do livro anarquista em Estocolmo é providenciar um local para que os ativistas anarquistas da Região Báltica possam se encontrar, trocar idéias, e estabelecer contatos para colaborações futuras. Neste encontro, tentaremos discutir sobre os maiores desafios que estamos encarando na região e as possibilidades em que nós, coletivamente, podemos fazer uma diferença. A discussão irá começar com perspectivas individuais vindas de diferentes partes da Região Báltica antes do fórum ser aberto para um largo debate em comum.

• Arnoldas ‘Ninja’ Blumberg (Universidade Livre da Lituânia)
• Matti Hirvonen (ativista anarquista, Tampere)
• Krzysztof Krol (Federação Anarquista da Polônia)
• Veronika (Abolishing the Borders from Below)
• Anna Oehme (mod.)

[Encontros de Rede]

Se você tem interesse em algum encontro de rede específico, por favor, entre em contato conosco: info@anarchistbookfairsweden.se 

[Exposição]

Amalia Alvarez exporá alguns de seus desenhos e cartoons.

[Shows]

Josefin Finér e Mia Ström irão tocar algumas músicas na feira do livro.

[Livros Anarquistas no domingo à tarde]

Na tarde de domingo (6), provavelmente das 14h às 17h, haverá algumas apresentações de livros em um local no interior da cidade. Esta atividade está voltada para discussões mais detalhadas sobre algumas das novas publicações anarquistas que têm aparecido recentemente.

 [Barracas confirmadas até agora]

• Federativs förlag.
• SAC.
• Bokhandeln INFo.
• Anarkistiska Studier.
• ABC Stockholm.
• PM Press.
• Alpine Anarchist Productions.
• AK Press.
• Fire and Flames.
• CIRA, Lausanne.
• Metsätähti-kollektiivi (Finlândia).
• Normal förlag.
• VSE Media.
• 15 Fot Distro.
• Abolishing the Borders from Below.
• Active Distribution.
• Brand.
• CrimethInc. Ex-Workers’ Collective.
• Freie ArbeiterInnen Union (FAU).
• Fria Tidningar.
• Graswurzelrevolution.
• IWW (Reino Unido).
• SUF.
• Yelah.
• India Däck Bokcafé.
• Agera distribution.
• Bokcafét i Jönköping.
• Larry’s Corner.
• Workers Solidarity Movement.
• Amalthea Bokkafé.
• Mana.
• Unrast Verlag.
• Hallongrottan.
• Catholic Worker Movement.
• Karakök.
• Hyeena Publishing (Finlândia).
• Princesa Pirata (Finlândia).
• Ockupationsministeriet.
• Symbiosis-distro (Finlândia).
• Muutosvoima.
• Det vita fältet: samtida forskning om högerextremism.
• Gotlands Svarta Får (Suécia).
• ABC Orkan.
• Punamust.
• Trojka Publishing House.

Para mais informações ou se você quiser reservar uma vaga (um estande), envie um e-mail para: info@anarchistbookfairsweden.se

Mais infos: http://www.anarchistbookfairsweden.se/ 

Tradução: Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas-ana

Sobre a folha verde, um movimento ondulante: taturana verde.

Maria Reginato Labruciano