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Exibição documentário “Até o último suspiro”

No dia 15 de abril, sábado, as 16h, o Centro de Cultura Social de São Paulo, em parceria com a Biblioteca Terra Livre e Ed. Insurrectas vão promover a exibição do documentário “Até o último suspiro” seguido por uma roda de conversa!

O documentário aborda a prisão de Alfredo Cospito e Anna Beniamino, e o atual contexto de repressão do Estado italiano a anarquistas naquela região.

Deixamos como indicação o vídeo produzido pela @antimia_ sobre a situação do Alfredo Cospito.

Chamado para o GECA 2015

É com grande prazer que a Biblioteca Terra Livre convida a todos para fazerem parte do GECA (Grupo de Estudo de Cinema e Anarquia), criado em 2014, com o objetivo de reunir pessoas interessadas em estudar a relação entre o cinema e o movimento anarquista em diferentes períodos e, também, divulgar as produções libertárias. Indo além da teoria, o grupo dispôs-se a tentar a prática, em uma produção coletiva para exibição na III Mostra de Cinema Anarquista e Punk de SP. A experiência de trabalho horizontal se mostrou muito interessante, sendo mantida pelo grupo, que pretende fazer novas produções em 2015. Seguindo o modelo de funcionamento dos outros grupos de estudos da Biblioteca Terra Livre, o GECA é gerido pelas pessoas que participam. Nossa proposta inicial é de encontros mensais aos sábados e cineclube, também mensal, com projeção de filmes às quintas-feiras.

O primeiro encontro do GECA ocorrerá no sábado 23 de maio, as 11h na Biblioteca Terra Livre. Como leitura sugerida para o primeiro encontro, propomos o capítulo “Cinema e anarquismo: A Produção cinematográfica da CNT”, disponível para download aqui. Para mais informações, perguntas ou dúvidas escreva para geca.cinemaeanarquia[a]gmail.com

Legendando os filmes da Revolução Espanhola

Entre os anos de 1936 e 1939 algumas regiões da Espanha vivenciaram uma experiência única na história da sociedade moderna. Pela primeira vez o projeto libertário de autogestão econômica era posto em prática com a coletivização das terras e das fábricas. A autogestão social foi além, as frentes sindicais passaram a gerir os transportes e as produções audiovisuais.

Compreendendo a importância do cinema para a propaganda e difusão da revolução, o Sindicato da Indústria do Espetáculo da CNT passou a realizar uma intensa produção de filmes e documentários. Este material que já foi em sua maior parte recuperado ainda permanece inacessível ao público que não domina o idioma espanhol.
Com o intuito de transpor esta barreira linguística e recuperar de forma mais concreta o que foi a Revolução Espanhola estamos convidando as interessadas e os interessados a nos auxiliar no processo de criação das legendas para alguns destes filmes.
Nossa intenção é ter, para o dia 19 de Julho, data que marca o inicio da Revolução Espanhola, uma vasta quantidade de materiais para projetar, debater e difundir.
Atualmente a página Cine Anarquista tem disponibilizado os filmes produzidos pela CNT em uma excelente qualidade. Nossa intensão é legendar a maior quantidades de filmes possíveis.
Se você tem interesse em tomar parte deste projeto entre em contato conosco, pelo email bibliotecaterralivre(a)gmail.com, para que possamos coordenar os trabalhos e difundir a história e as práticas anarquistas.

Cineclube A Comuna (Paris, 1871) – Parte 2

O Cineclube Terra Livre tem o prazer de anunciar a exibição da segunda parte do filme A Comuna (Paris, 1871), dirigido por Peter Watkins, em celebração a memória dos 142 anos da Comuna de Paris. O filme, realizado na forma de falso documentário, dividido em duas partes, busca apresentar ao longo de suas seis horas de duração as tensões e os anseios vividos pelas e pelos comunalistas nos 72 dias de resistências e lutas dentro da cidade de Paris. Por conta da extensa duração do filme, a primeira parte foi exibida no dia 24 e a segunda parte será exibida no último domingo de março, dia 31. A exibição será realizada em parceria com o CCS (Centro de Cultura Social), tendo início as 15h. A entrada é livre.

Cineclube Terra Livre apresenta:

A Comuna (Paris, 1871) – Parte 2

Dia 31/03 . domingo . 15h

Local . Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – sala 22 – República.
(A quatro quadras do metro República)

Entrada livre.

Para aquelas e aqueles que não puderam conferir a primeira parte do filme é possível fazer o download do filme através de torront: DOWNLOAD TORRENT e da legenda em português em: DOWNLOAD LEGENDA

Ou o video pode ser assistido no Youtube, com legendas em inglês:

http://www.youtube.com/watch?v=12e28qGeFAw

Cineclube A Comuna (Paris, 1871)

O Cineclube Terra Livre tem o prazer de anunciar que no próximo dia 24 de março (domingo) realizará, em parceria com o CCS (Centro de Cultura Social), a exibição do filme A Comuna (Paris, 1871), dirigido por Peter Watkins, em celebração a memória dos 142 anos da Comuna de Paris. O filme, realizado na forma de falso documentário, busca apresentar ao longo de suas seis horas de duração as tensões e os anseios vividos pelas e pelos comunalistas nos 72 dias de resistências e lutas dentro da cidade de Paris. Por conta da extensa duração do filme o Cineclube terá início as 15h e contará com um intervalo de vinte minutos no meio do filme para os comes e bebes. No dia haverá café e bolo. Aos que quiserem colaborar comidas e bebidas são bem vindas. A entrada é livre.

Cineclube Terra Livre apresenta:

A Comuna (Paris, 1871), 5h30 de duração, direção de Peter Watkins

Dia 24/03 . domingo . 15h

Local . Centro de Cultura Social – Rua General Jardim, 253 – sala 22 – República.
(A quatro quadras do metro República)

Entrada livre.

As circunstâncias que determinaram o movimento da Comuna foram, apesar de tudo, um fato bastante banal, a débil defesa do governo e o abandono de um parque de artilharia do qual os prussianos, entrando em Paris, poderiam apoderar-se; mas estes foram simples detalhes. A França estava desunida; era preciso que os dois elementos opostos agrupassem-se francamente um com o outro em toda a sinceridade de suas aspirações, em toda a retidão de suas vontades. Foi o que fizeram os comunalistas de Paris, mais conhecidos, como todos os vencidos, por um nome de insulto, aquele de “communards”. É que as condições de perigo supremo, nas quais se encontrava a cidade de Paris, eram de natureza a enlevar os corações. Triplamente cercada pelas tropas alemãs, que teriam se rejubilado com a pilhagem, pelas tropas francesas, que ardiam de vontade de vingar-se das vitórias germânicas sobre os seus compatriotas, e pela massa da nação francesa, que de bom grado teria precipitado-se sobre Paris, foco de incessantes revoluções, a grande cidade não podia esperar vencer, malgrado a imensidão de seus recursos. Nem um único homem tendo alguma noção da história teve a mínima dúvida sobre o desfecho do conflito. Todos aqueles que aclamavam a Comuna, homens experientes das revoluções anteriores ou jovens entusiastas apaixonados por liberdade, sabiam de antemão que estavam destinados à morte. Vítimas propiciatórias, eles deviam à nobreza de seu devotamento, à amplitude de suas idéias, uma gravidade serena que refletia sobre a fisionomia geral de Paris e dava-lhe, nesses dias de resolução viril e completo desinteresse, uma fisionomia de majestosa grandeza que ela nunca tivera. (…)
Condenados de antemão a uma impiedosa repressão, as pessoas da Comuna deveriam ter aproveitado a curta trégua da existência para deixar grandes, incomparáveis exemplos, para começar, para além de revoluções e contra-revoluções, uma sociedade futura liberada da fome e do flagelo do dinheiro. Todavia, para empreender tal obra, teria sido necessário pôr-se de acordo em uma vontade comum e colocar em prática um saber já experimentado. Ora, as revoltas de Paris representavam grupos muito díspares que deviam forçosamente agir em sentido inverso uns dos outros. Entre eles, alguns ainda haviam permanecido em acessos de romantismo jacobino, outros só tinham honestos instintos revolucionários; uma minoria apenas compreendia que era necessário proceder com método à destruição de todas as instituições de Estado e à supressão de todos os obstáculos que impedem o agrupamento espontâneo dos cidadãos. Tudo somado, a obra do governo da Comuna foi mínima, e não podia ser diferente, porquanto ele estava, na realidade, nas mãos do povo armado. Se os cidadãos tivessem sido conduzidos por uma vontade comum de renovação social, eles teriam imposto a seus delegados; mas eles só tinham a preocupação com a defesa: combater bem e morrer bem.” Élisée Reclus (anarquista que juntamente com outras centenas de comunalistas compuseram as barricadas na cidade de Paris no ano de 1871.)

Trecho extraído do livro: Reclus, Élisée. O Homem e a Terra – Internacionais. São Paulo: Imaginário, 2011. p. 44-47.