Abolir as prisões é abolir o Fascismo

Um dia depois da festa eleitoral de 2018, a Biblioteca Terra Livre no Centro de Cultura Social de São Paulo convidou o professor e mestre de história pela PUC-SP, Wesley Martins Santos para conversar sobre o sistema carcerário no Brasil. A palestra e o debate foram ótimos, com a participação de muitas pessoas e muitos debates.

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No começo de sua apresentação, Wesley resgatou algumas reflexões sobre como os prisioneiros eram punidos antes da criação do cárcere moderno, a partir dos debates levantados pelo filósofo Michel Foucault em seu livro Vigiar e Punir. Entrando na discussão sobre as prisões brasileiras, nos apresentou uma série de dados e fatos, tais como o número da população carcerária no Brasil, o perfil dessa população (homens, negros, pobres por volta dos seus 18 a 25 anos), o aumento da população ao longo dos anos, a discussão sobre os menores infratores, os tipos de violências e as repercussões midiáticas sobre o tema.

Os debates abordaram vários aspectos, desde as possíveis estratégias de diminuição da população carcerária por dentro do sistema até formas de se atuar e pensar numa sociedade sem prisões, tendo em vista as reflexões de Kropotkin e as experiências libertárias dos Curdos em Rojava.

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A Biblioteca Terra Livre acredita que uma sociedade livre, só pode ser construída a partir da liberdade, e a discussão sobre o encarceramento, como nos lembra Kropotkin, talvez seja, depois da questão econômica e do Estado, a mais importante. A abolição das prisões, de seus muros, grades e torturas é o dever daqueles que lutam pela liberdade e contra toda a forma de fascismo, desde suas manifestações mais concretas até aquela que habita em nossos corações.

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