Apoio mútuo, auto-aprendizagem e a violência do Estado em Oaxaca

No próximo dia 11 de abril, a Biblioteca Terra Livre em parceria com o Centro de Cultura Social realiza mais um encontro em memória de Francisco Ferrer y Guardia. Para esse quarto encontro chamamos o professor João Branco, doutor em educação pela FEUSP, e membro do GPEL – Grupo de Pesquisa Poder Político, Educação, Lutas Sociais, para conversar sobre o cenário de violência e agressão impostas aos povos originários do sul do México e o papel dúbio que a denominada “educação indígena” desempenha neste contexto.

A “educação indígena”, na maioria das vezes, atua como agente central de devastação cultural, mas também como alvo de intervenção/apropriação por parte de comunidades índias, como no caso do Estado de Oaxaca. Esta apropriação tem como orientação principal os modos próprios de aprendizagem dos povos originários, que se baseiam fundamentalmente no modo de vida dos povos originários oaxaquenhos, sendo organizado em torno do coletivismo e da reciprocidade; do apoio mútuo enfim, o que guarda inúmeras aproximações com a militância magonista do início do século XX.

Tal experiência educacional permitiu o surgimento de modelos alternativos de aprendizagem que se fortaleceram ainda mais ao combinar a força da organização comunitária índia com a proposta pedagógica do movimento docente oaxaquenho, o que levou a uma resposta ainda mais violenta por parte do Estado.

Mais informações sobre o evento em: https://www.facebook.com/events/736426980077979/