Há vinte anos Carlo Giuliani se despedia de nós. Não, não foi uma despedida. Ele foi retirado de nós. Assassinado a sangue frio, baleado, atropelado.
Hoje ele teria 43 anos. Poderia ser pai, ter sua família, seu trabalho e olhar distanciado para Gênova em 2001, não vendo nada mais que seus sonhos de juventude. Ou poderia seguir lutando por um mundo que não seja governado pelas corporações, nos ensinando o que aprendeu ao longo de décadas de luta.
Carlo poderia ter sido aquilo que ele quisesse. Mas retiraram sua vida para amedrontar, para servir de exemplo a quem quisesse questionar o poder do G8 e das demais instituições que querem reinar soberanas.
Carlo serve de exemplo, mas não para nos dar medo. Sua memória nos inspira para seguir em frente, para lembrar que sua vida e de todos aqueles e aquelas que também foram arrancados de nós não foi em vão.